A ata da última reunião de política monetária do Banco Central dos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed), divulgada nesta quarta-feira (9). O documento revelou divergências entre os dirigentes sobre a magnitude do corte de juros, mas indicou uma maioria substancial favorável à redução de 50 pontos-base.
Em setembro, o comitê do Federal Reserve decidiu cortar a taxa de referência em 0,50 ponto percentual, estabelecendo-a entre 4,75% e 5% ao ano. Essa foi a primeira redução em mais de quatro anos, período durante o qual o banco central norte-americano impôs condições restritivas para conter a inflação.
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Dos 12 membros votantes, apenas Michelle W. Bowman se posicionou a favor de um corte de 0,25 ponto base.
O documento aponta que os indicadores recentes mostraram que a atividade econômica continuou a se expandir em um ritmo sólido. Embora os ganhos de emprego tenham desacelerado e a taxa de desemprego aumentado, ela ainda permanece baixa.
O Comitê expressou maior confiança de que a inflação está se movendo de forma sustentável em direção à meta de 2% e avaliou que os riscos para alcançar suas metas de emprego e inflação estão aproximadamente equilibrados. As perspectivas econômicas, no entanto, permanecem incertas, e o Comitê está atento aos riscos.
O tom da ata sugere que um novo corte na mesma magnitude está distante do radar do banco americano. As expectativas agora se voltam para um possível corte de 0,25 ponto base na próxima reunião, ou até mesmo para a manutenção da taxa.
“Diante da força do mercado de trabalho, evidenciada no payroll, a diretoria do Fed pode concluir que sua visão de cenário estava equivocada e que é melhor esperar mais dados antes de novos cortes de juros”, analisou Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos.