Esse foi mais um dia dividido entre os dois assuntos que não saem da boca dos investidores: cenário fiscal e China.
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Por aqui, a falta de novidades sobre os pacotes para contenção de gastos seguiu deixando os investidores apreensivos. Segundo o governo, a iniciativa só deverá ser anunciada após o fim das eleições municipais. Lá fora, o grande destaque ficou com dados da economia chinesa. O país apresentou o seu crescimento mais lento desde o início de 2023, pressionando o minério de ferro.
O Ibovespa até tentou começar o dia no azul, mas o saldo final foi negativo, com queda de 0,22% a 130.499 pontos. Na semana, o índice avançou 0,39%, interrompendo uma sequência de duas quedas semanais. Já o dólar à vista teve alta de 0,68%, aos R$ 5,69. A valorização da moeda americana foi de 1,51% nos últimos cinco pregões.
Em Wall Street, os principais índices operaram no azul. Por lá, a temporada de balanços segue sendo o principal acontecimento do calendário. Além disso, há também expectativa pela continuidade do rally das ações voltadas para a infraestrutura de inteligência artificial.
China
Dados divulgados nesta madrugada ampliam a sensação de cautela do mercado com a China.
A segunda maior economia do mundo anunciou o crescimento mais lento do seu Produto Interno Bruto (PIB), desde 2023, quando ainda sofria com o impacto do coronavírus.
O país registrou crescimento anual de 4,6% entre julho e setembro. Os números superam a previsão de 4,5% da pesquisa da Reuters, mas ficou abaixo dos 4,7% do segundo trimestre.
Desde setembro, o governo chinês tem trabalhado para reconquistar a confiança do mercado, com diversas ações para estimular a economia. Mas, até o momento, os anúncios se mostraram pouco produtivos para conter a crise, com os analistas esperando que um novo pacote seja anunciado em breve, principalmente para empresas do setor imobiliário.
A situação levou o minério de ferro negociado em Dalian a ampliar as perdas da semana. Nos últimos cinco dias, a queda acumulada foi de 6,2%.
Cenário interno
O presidente Lula e o ministro Fernando Haddad afirmaram nesta sexta-feira (18) que editarão uma medida provisória para dar R$ 150 milhões de garantia com o objetivo de abrir uma linha de crédito de R$ 1 bilhão para empresas que comprovarem que foram afetadas pelo apagão que atingiu a região metropolitana de São Paulo na semana passada. Cerca de 3 milhões de clientes ficaram sem luz na região metropolitana.
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Em entrevista coletiva após o discurso de Lula, Haddad explicou que os R$ 150 milhões virão do Fundo Garantidor de Operações (FGO) e que a linha de crédito será concedida por meio do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).