A FTX obteve aprovação judicial para seu plano de recuperação nesta segunda-feira, o que permitirá à empresa reembolsar integralmente seus clientes com os US$ 16 bilhões (R$ 86,4 bilhões) em ativos recuperados desde o colapso da bolsa de criptomoedas.
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O juiz de falências dos Estados Unidos John Dorsey aprovou o plano de liquidação em uma audiência em Wilmington, Delaware, afirmando que o sucesso da FTX a tornou “um caso exemplar de como lidar com um processo muito complexo sob o Chapter 11”. O Chapter 11 é o termo utilizado para designar recuperações judiciais na Justiça americana.
O plano é baseado em uma série de acordos com clientes e credores da FTX, agências governamentais dos EUA e liquidantes designados para encerrar as operações da FTX fora dos EUA.
Os acordos permitem que a FTX use seus ativos para reembolsar primeiro os clientes da sua bolsa de criptomoedas, antes de pagar potenciais reivindicações concorrentes apresentadas por reguladores governamentais. A FTX planeja reembolsar 98% de seus clientes — aqueles que tinham US$ 50 mil dólares (R$ 270 mil) ou menos na bolsa — dentro de 60 dias.
O plano da FTX pagará aos seus clientes pelo menos 118% do valor em suas contas em novembro de 2022, data em que a empresa entrou com pedido de recuperação judicial.
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A FTX afirmou que o resultado foi uma vitória para os credores, possibilitada pela sua capacidade de recuperar dinheiro e ativos em criptomoedas que haviam desaparecido durante o colapso da empresa. A companhia também levantou fundos adicionais vendendo outros ativos, incluindo seus investimentos em empresas de tecnologia, como a startup de inteligência artificial Anthropic.