Com recorde de público e patrocínios, a temporada 2023-24 foi um ano excepcional para a NBA, gerando cerca de US$ 13 bilhões (R$ 74,1 bilhões).A projeção é que esse valor veja outro salto percentual de dois dígitos nesta temporada.
O aumento constante das receitas está elevando o valor de mercado das 30 franquias da liga. A média é de US$ 4,4 bilhões (R$ 25,08 bilhões), um crescimento de 15% com relação ao ano passado. A Forbes estima que nenhum time será vendido por menos de US$ 3 bilhões (R$ 17,1 bilhões).
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Os times da NBA estão de olho em novas arenas ou grandes renovações, e no aumento de receita que geralmente as acompanha. O Scotiabank Arena dos Toronto Raptors, por exemplo, está passando por uma atualização de US$ 350 milhões (R$ 1,995 bilhão), e o Oklahoma City aprovou mais de US$ 800 milhões (R$ 4,56 bilhões) em financiamento para uma nova casa para o Thunder. Na semana passada, a prefeita Muriel Bowser, de Washington, D.C., revelou o acordo de financiamento para a revitalização da Capital One Arena dos Wizards.
Para um exemplo extremo do impacto que uma nova arena pode ter, considere os Warriors, o time mais valioso da NBA pelo terceiro ano consecutivo, que registrou uma receita local estimada de US$ 440 milhões (R$ 2,508 bilhões) em 2018-19, seu último ano na Oracle Arena em Oakland. Na temporada passada, o Golden State arrecadou mais de US$ 700 milhões (R$ 3,99 bilhões) em receita local em sua nova casa, o Chase Center em São Francisco. A receita total do clube, incluindo a receita central da liga e descontando o serviço da dívida da arena e a divisão de receitas, chegou a US$ 800 milhões (R$ 4,56 bilhões) em 2023-24. Apenas outros quatro times no mundo — o Dallas Cowboys, Real Madrid, Manchester City e Barcelona — atingiram esse marco.
Receita gorda
Esse crescimento se estende por toda a liga. Recentemente, a NBA renovou seu contrato de uniformes e vestuário com a Nike por um valor maior e adicionou parceiros em várias novas categorias, incluindo o vinho Kendall-Jackson e a marca de roupas modeladoras Skims. O crédito da liga também está em posição sólida — a Fitch Ratings este ano reafirmou sua classificação A- sobre os instrumentos de dívida pendentes da NBA — e a entrada de investidores institucionais e de private equity, iniciada em 2020, oferece um caminho para maior liquidez aos atuais proprietários de equipes. Além disso, a NBA está crescendo ainda mais rapidamente no cenário internacional do que no mercado doméstico.
Os novos acordos de mídia com ABC/ESPN, NBC/Peacock e Amazon Prime Video, estimados em US$ 76 bilhões (R$ 433,2 bilhões) por 11 anos, ou um valor anual médio de US$ 6,9 bilhões (R$ 39,33 bilhões), impulsionam a valorização dos times. Muitos no mundo da mídia esportiva previam que os direitos da NBA dobrariam de valor, um otimismo refletido no aumento dos múltiplos de receita das equipes, mas o acordo final superou as já altas expectativas. Esse potencial nacional e internacional está ajudando a mitigar a incerteza em torno do futuro dos direitos de mídia local após a falência em 2023 da Diamond Sports Group, operadora de redes esportivas regionais.
Então, até onde os valores dos times da NBA podem chegar? Os Boston Celtics podem em breve fornecer uma resposta. Em julho, duas semanas após o time conquistar o campeonato da liga, o grupo proprietário anunciou surpreendentemente que buscaria vender uma participação majoritária, e o principal proprietário, Wyc Grousbeck, disse recentemente ao Boston Globe que o processo estava “se intensificando”.
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Os banqueiros esportivos concordam que algumas preocupações legítimas — talvez acima de tudo, o desejo de Grousbeck de permanecer no controle até 2028 — podem fazer com que as ofertas iniciais comecem pouco acima de US$ 5 bilhões (R$ 28,5 bilhões). Mas, em última análise, o legado e o reconhecimento global da marca Celtics, combinado com a escassez geral de participações de controle em times da NBA, poderiam elevar o preço para US$ 6 bilhões (R$ 34,2 bilhões) — ou mais.
Confira os times mais ricos da NBA:
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#1. US$ 8,8 bilhões (R$ 50,16 bilhões)
Golden State Warriors
Variação de um ano: 14% | Renda operacional: US$ 142 milhões (R$ 809,4 milhões) | Proprietários: Joe Lacob, Peter Guber -
Sarah Stier/Getty Images #2. US$ 7,5 bilhões (R$ 42,75 bilhões)
New York Knicks
Variação de um ano: 14% | Renda operacional: US$ 182 milhões (R$ 1,037 bilhões) | Proprietário: Madison Square Garden Sports -
#3. US$ 7,1 bilhões (R$ 40,47 bilhões)
Los Angeles Lakers
Variação de um ano: 11% | Renda operacional: US$ 199 milhões (R$ 1,134 bilhões) | Proprietários: Jerry Buss Family Trusts, Mark Walter, Todd Boehly -
Divulgação #4. US$ 6 bilhões (R$ 34,2 bilhões)
Boston Celtics
Variação de um ano: 28% | Renda operacional: US$ 121 milhões (R$ 689,7 milhões) | Proprietários: Wycliffe Grousbeck, Irving Grousbeck, Stephen Pagliuca, Robert Epstein -
Anúncio publicitário -
Getty Images #5. US$ 5,5 bilhões (R$ 31,35 bilhões)
Los Angeles Clippers
Variação de um ano: 18% | Prejuízo operacional: US$ 96 milhões (R$ 547,2 milhões) | Proprietário: Steve Ballmer -
#6. US$ 5 bilhões (R$ 28,5 bilhões)
Chicago Bulls
Variação de um ano: 9% | Renda operacional: US$ 140 milhões (R$ 798 milhões) | Proprietário: Jerry Reinsdorf -
Cole Burston/Getty Images #7. US$ 4,9 bilhões (R$ 27,93 bilhões)
Houston Rockets
Variação de um ano: 11% | Renda operacional: US$ 160 milhões (R$ 912 milhões) | Proprietário: Tilman Fertitta -
Wendell Cruz/USA TODAY Sports #8. US$ 4,8 bilhões (R$ 27,36 bilhões)
Brooklyn Nets
Variação de um ano: 25% | Renda operacional: US$ 43 milhões (R$ 245,1 milhões) | Proprietários: Joseph Tsai, família Koch -
#9. US$ 4,7 bilhões (R$ 26,79 bilhões)
Dallas Mavericks
Variação de um ano: 4% | Renda operacional: US$ 158 milhões (R$ 898,6 milhões) | Proprietários: Família Adelson, Mark Cuban -
#10. US$ 4,6 bilhões (R$ 26,22 bilhões)
Philadelphia 76ers
Variação de um ano: 7% | Renda operacional: US$ 120 milhões (R$ 684 milhões) | Proprietários: Josh Harris, David Blitzer
#1. US$ 8,8 bilhões (R$ 50,16 bilhões)
Golden State Warriors
Variação de um ano: 14% | Renda operacional: US$ 142 milhões (R$ 809,4 milhões) | Proprietários: Joe Lacob, Peter Guber