Depois de começar o dia no vermelho, o Ibovespa conseguiu escapar da queda e encerrou o pregão em leve alta de 0,03%, aos 127.733 pontos. Depois do fechamento do mercado, são esperados diversos resultados corporativos de grande peso para o índice.
O resultado do índice foi puxado pelo bom desempenho da Embraer, que renovou as suas máximas históricas.
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Enquanto isso, foram poucos os avanços na pauta fiscal. Após reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo está avaliando se consegue incluir mais medidas no pacote fiscal em discussão para ser enviado ao Congresso Nacional, mas que não sabe se há tempo hábil para um anúncio nesta semana.
O dólar à vista subiu 0,32%, a R$ 5,7917, mesmo após dois leilões de linha feitos pelo Banco Central. Ao todo, foram injetados US$ 4 bilhões no sistema financeiro. Pela manhã, a expectativa pela operação levou o dólar a uma queda de quase 1%.
Wall Street
No exterior, Wall Street fechou no azul, mas os rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos reverteram a queda e marcaram 4,45%, de 4,43% na véspera. Lá fora, o principal indicador do dia foi o de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês).
De acordo com o economista-chefe da Nomad, Danilo Igliori, os números de inflação divulgados pela manhã nos Estados Unidos não surpreenderam, mas encerram a sequência de quedas observada nos últimos meses, o que pode trazer dúvidas sobre os próximos passos do Federal Reserve.
Por ora, notou, os contratos de juros no mercado norte-americano reforçaram as apostas de mais um corte de 0,25 ponto percentual na última reunião do Fed em 2024. “Neste momento, as atenções inevitavelmente começam a se voltar para 2025 e os potenciais impactos das medidas do novo governo Trump”, avalia.
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Destaques corporativos
- EMBRAER ON saltou 4,73%, a 56,69 reais, renovando marcas histórias. Um relatório do JPMorgan elevou em 30% o preço-alvo do papel, a R$ 78.
- CVC BRASIL ON avançou 2,36%, após reportar lucro líquido de R$ 14,4 milhões no terceiro trimestre, revertendo prejuízo de R$ 87,5 milhões. A receita líquida caiu 12%, mas o resultado operacional medido pelo Ebitda ajustado aumentou 29,1%, para R$ 124,7 milhões, com a margem passando de 25,7% para 34,3%.
- IRB(RE) ON caiu 6,85%, mesmo após salto no lucro líquido para R$ 115,9 milhões no terceiro trimestre, com declínio na sinistralidade. O presidente-executivo da resseguradora afirmou que a expectativa é de que a companhia siga registrando crescimento do lucro em 2025, mas deve reduzir o ritmo, enquanto dividendos devem ficar apenas para o ano seguinte.
- HAPVIDA ON fechou em baixa de 6,34%, mesmo com alta de 24,3% no lucro líquido do terceiro trimestre, para R$ 324,5 milhões de reais, uma vez que o resultado ficou abaixo da previsão de analistas. No terceiro trimestre, a sinistralidade caixa da Hapvida ficou em 70,4%, de 71,9% um ano antes.
- RAÍZEN PN caiu 6,42%, em meio à análise do resultado com prejuízo líquido de R$ 158,3 milhões no segundo trimestre da safra 2024/25, impactado por menores margens no segmento de mobilidade e renováveis.
- CSN ON recuou 3,97%, após reportar prejuízo líquido de R$ 750,9 milhões de julho ao final de setembro ante resultado positivo de R$ 90,8 milhões no mesmo período de 2023, com aumento na alavancagem para 3,34 vezes, acima do nível de 2,63 vezes um ano antes.