A Onfly, fundada no final de 2018, nasceu da experiência de seus fundadores, que enfrentavam dificuldades constantes com viagens a trabalho e o processo de reembolso de despesas nas empresas onde trabalhavam. Pensando no que poderiam fazer, tinham como objetivo transformar a forma como as empresas gerenciam viagens corporativas, oferecendo soluções eficientes. A primeira passagem junto da solução foi emitida em novembro do mesmo ano de criação, e desde então a startups tem evoluído de forma impressionante, resolvendo um problema presente em companhias de todos os tamanhos.
Essa jornada começou com um investimento inicial de aproximadamente R$ 10 mil de cada um dos sócios, mas o maior ativo investido foi o tempo. Durante o primeiro ano, todos trabalharam sem salário, dedicando-se integralmente à criação da empresa, e trabalharam aos sábados e domingos para tirar o projeto do papel. “Era um período de muito trabalho árduo e sem garantia de retorno, mas acreditávamos no que estávamos fazendo”, afirma Marcelo Linhares, CEO da Onfly.
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Com o tempo, a empresa foi ganhando tração e, em dezembro de 2020, no meio da pandemia, a empresa conseguiu captar R$ 2 milhões em uma rodada de investimentos liderada pela Cedro Capital. Esse apoio foi crucial para a retomada no pós-Covid, quando o mercado de viagens ainda estava fragilizado. Em 2023, a startup deu um grande passo com uma Série A de R$ 80 milhões, com a participação de investidores como LeftLane e Cloud9.
E desde o início tiveram desafios. O principal deles foi enfrentar as barreiras impostas por um mercado fechado e complexo, como o acesso às APIs de companhias aéreas e redes hoteleiras. “Superar essas dificuldades e integrar esses fornecedores foi uma tarefa incansável, mas essencial para que pudéssemos oferecer uma plataforma de viagens corporativas eficiente”, completa Marcelo.
A pandemia, como citado antes, também foi outro desafio para a Onfly, que viu seu mercado reduzir drasticamente em 2020. Com hotéis fechados e voos suspensos, a empresa teve que se reinventar para superar o período de incertezas. Mas, com resiliência e visão estratégica, a startup conseguiu se adaptar e sair mais forte, com foco em melhorar sua tecnologia e ampliar suas soluções.
Hoje, a Onfly é um dos principais players no mercado de viagens corporativas, com uma plataforma que não apenas facilita a reserva de passagens, mas também automatiza o processo de reembolso de despesas, integrando um cartão corporativo que elimina a necessidade de reembolso tradicional. A empresa oferece uma experiência de reserva simples e eficiente, semelhante aos sites de turismo, mas com todos os controles necessários para a gestão corporativa. “Estamos em busca constante por soluções inovadoras. Desde o início, nosso objetivo tem sido resolver, na medida do possível, as dificuldades enfrentadas pelas empresas com viagens e reembolsos”, comenta Marcelo.
Com uma abordagem centrada no cliente e uma tecnologia robusta, a startup espera capturar 10% do mercado de viagens corporativas no Brasil nos próximos cinco anos, impactando positivamente a vida de milhares de empresas.
Por fim, Marcelo Linhares comenta ainda que a jornada de empreender é solitária e de certa forma não linear, com vários altos e baixos o tempo todo. E a rede da Endeavor foi essencial nestes momentos. Hoje, comemora como novo Empreendedor Endeavor, após quatro tentativas. “Desde 2019, nos aplicamos ao programa de Scale-up da organização e mesmo depois de não conseguirmos, sempre dizia que tentaria novamente no próximo semestre. Certamente outros empreendedores teriam desistido, nós entramos pela teimosia. E em todo tempo, tentamos usar o máximo de apoio da rede”, finaliza.