Depois de vender US$ 3 bilhões no mercado à vista no começo da manhã, o Banco Central decidiu fazer uma nova intervenção no câmbio — dessa vez de US$ 5 bilhões.
Com a injeção de US$ 8 bilhões em poucas horas, o real parece ter respondido ao movimento do BC e o dólar passou a cair. Por volta das 11h20, o recuo era de 2,13%, a R$ 6,15.
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No leilão, o BC aceitou 10 propostas, com um diferencial de corte de -0,035000, entre às 10h35 e 10h40.
Ontem, a moeda americana fechou próximo da casa dos R$ 6,30 — patamar batido nesta manhã. Os fatores de influência foram o risco fiscal, o leilão mal sucedido do Tesouro Nacional (o que aumentou a crise de credibilidade) e a sinalização de que o Federal Reserve deve cortar menos juros em 2025.
Além das intervenções do BC, o mercado também monitora a tramitação do pacote fiscal. A votação foi adiada para esta quinta-feira, com grandes riscos de uma desidratação do resultado econômico final.
Dentre leilões tradicionais (feitos para suprir a demanda mais elevada por dólares no fim do ano) e intervenções extraordinárias, o BC injetou cerca de US$ 20,75 bilhões no sistema financeiro desde a última quinta-feira — com pouco sucesso na tarefa de segurar a escalada da moeda.