Imagine um mundo no qual as mulheres ganham mais dinheiro e que tenham segurança financeira e meios para promover mudanças reais na sociedade. Um mundo onde elas desafiam as desigualdades do sistema e servem de exemplo para as gerações mais jovens. Quando as mulheres têm mais dinheiro, todos se beneficiam.
Historicamente, as mulheres foram excluídas das oportunidades de criação de riqueza, e isso ainda acontece nos dias atuais. Hoje, ainda há uma disparidade salarial em que as mulheres ganham menos do que os homens pelo mesmo trabalho, acesso desigual ao financiamento – com um número alarmantemente baixo de investimentos de capital de risco voltados para mulheres, sem sinais de que isso vá melhorar –, um viés nos sistemas financeiros quando se trata de empréstimos, e os estereótipos e o estigmas enfrentados pelas mulheres que querem ganhar muito dinheiro.
Leia também
Mas quando se criam mudanças no cenário da riqueza das mulheres, ocorre um efeito cascata. As mulheres reinvestem seu dinheiro nas suas comunidades, onde a educação, a saúde e os pequenos negócios ganham destaque. Elas constroem riqueza para criar legados duradouros às futuras gerações, inspirando as mais jovens a buscar objetivos semelhantes e mostrando o que é possível. Para elas, dinheiro não é sinal de ganância.
Apesar de todo esse potencial, o problema é que as mulheres enfrentam barreiras que as impedem de ganhar dinheiro, escritas em mensagens profundamente enraizadas na sociedade. Para o senso comum, ainda há estereótipos culturais que retratam a ambição financeira como ganância.
As mulheres deixam de negociar salários, iniciar negócios ou investir seu dinheiro porque não tiveram os recursos que apoiam essas ações. A falta de habilidades financeiras e de modelos de mulheres financeiramente bem-sucedidas garante a repetição do ciclo. Esses problemas as impedem de priorizarem a criação de riqueza em suas vidas.
Por que é importante desafiar os estereótipos
Desafiar os estereótipos contra as mulheres que buscam mais dinheiro beneficia a todos. É essencial que elas tenham independência financeira, e aqui estão os motivos:
1. Para quebrar barreiras que limitam o potencial econômico das mulheres
A ideia de que as mulheres não podem ou não conseguem administrar dinheiro, gerenciar grandes negócios, ou que são gananciosas se desejam mais dinheiro para si mesmas precisam parar.
Quando se desafiam esses conceitos, as barreiras que seguram as mulheres são removidas e se abrem portas para novas oportunidades e possibilidades, para que elas participem inteiramente da criação de riqueza e da liderança econômica.
2. Para mudar atitudes culturais sobre dinheiro e gênero
Não são apenas os homens que podem ou merecem ganhar muito dinheiro. Mudar essa narrativa ajuda a normalizar a ambição financeira feminina e a criar uma cultura em que o dinheiro seja visto como um sinal de força, independência e poder das mulheres.
3. Para liberar o poder transformador da riqueza das mulheres
O dinheiro compra oportunidades, e quando as elas têm mais dinheiro, estudos provam que investem em suas famílias, comunidades e instituições de caridade.
Isso gera benefícios sociais mais amplos, que incluem o desenvolvimento comunitário, a melhoria da educação e o crescimento econômico.
O mundo precisa de mais mulheres milionárias para promover mudanças transformadoras. O dinheiro dá a elas um assento à mesa e o poder de influenciar políticas e mudanças.
* Melissa Houston é colaboradora da Forbes EUA. Escreve sobre finanças empresariais e pessoais. É autora do livro “Cash Confident: Um guia para empreendedores criarem um negócio lucrativo”, fundadora da agência Fractional CFO e do blog e podcast She Means Profit.
