A American Airlines previu um lucro para 2025 abaixo das expectativas de Wall Street, à medida que a companhia aérea tenta corrigir um erro de estratégia de vendas que afastou os viajantes corporativos, fazendo com que suas ações caíssem 7% na pré-abertura nesta quinta-feira (23). A abordagem agressiva, implementada em 2023, concentrou-se na renegociação de contratos com agências de viagens corporativas e clientes, ao mesmo tempo em que reduziu as vantagens e os descontos.
Esse plano resultou em uma queda na receita, prejudicou a imagem da companhia aérea e deu vantagem aos concorrentes, forçando a empresa a passar grande parte de 2024 reconstruindo sua estratégia de vendas e reparando as relações com os viajantes corporativos para recuperar parte dos clientes perdidos. A American Airlines espera um lucro ajustado por ação em 2025 na faixa de US$ 1,70 a US$ 2,70 (R$ 10,09 a R$ 16,02), em comparação com as estimativas médias dos analistas de US$ 2,42 (R$ 14,36), de acordo com dados compilados pela LSEG.
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A companhia aérea também previu um prejuízo maior para o primeiro trimestre do que o esperado pelos analistas, afastando-se das previsões otimistas de rivais como Delta Air Lines e United Airlines, que estão se beneficiando de melhores preços e da forte demanda no inverno do Hemisfério Norte. A American Airlines espera que o prejuízo ajustado por ação no trimestre atual seja de US$ 0,20 a US$ 0,40 (R$ 1,18 a R$ 2,37), em comparação com as estimativas de prejuízo de US$ 0,04 (R$ 0,24).
“Estamos reformulando os negócios para construir uma companhia aérea ainda mais eficiente”, disse o presidente-executivo Robert Isom. Os preços do combustível de aviação também subiram acentuadamente no último mês, acompanhando o aumento do petróleo bruto globalmente, impulsionado por sanções mais amplas contra a receita petrolífera russa e pelo crescente otimismo em relação à maior demanda da China.
A empresa divulgou um lucro ajustado de US$ 0,86 (R$ 5,11) por ação, superando as expectativas de US$ 0,64 (R$ 3,80), devido à melhora nos preços. A receita operacional total aumentou 4,6%, atingindo US$ 13,66 bilhões (R$ 81,05 bilhões), em comparação com as estimativas de US$ 13,39 bilhões (R$ 79,38 bilhões).