As emissões de valores mobiliários totalizaram R$ 966,8 bilhões em 2024, o maior volume da história, de acordo com boletim divulgado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), referindo-se a um universo que contempla debêntures, ações, certificados de recebíveis, notas promissórias, entre outros ativos.
Tal resultado representa um crescimento de 49% em relação a 2023 e, segundo a autarquia, foi impulsionado pelo desempenho do segmento de renda fixa e securitização, que mostrou uma expansão de aproximadamente 70%, para R$ 776,2 bilhões.
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O relatório, produzido pela Assessoria de Análise Econômica, Gestão de Riscos e Integridade da CVM e divulgado nesta quinta-feira (30), também mostrou aumento de 3,7% no número de participantes regulados pela autarquia em relação a 2023, totalizando 89.771 participantes.
A indústria de fundos de investimento alcançou a marca de 31.952 fundos, número superior ao fechamento de 2023.
De acordo com o boletim, o valor total do mercado regulado somava R$ 40,32 trilhões no final de 2024. Quando excluído o valor nocional dos produtos derivativos, alcançava R$ 15,43 trilhões.
“Vale destacar o crescimento da indústria de Fundos de Investimento Estruturados no período, que alcançou a marca de R$ 2,08 trilhões, crescimento de 36% em relação ao período anterior”, afirmou a CVM em comunicado.
No mercado secundário, conforme o documento, a média diária de volume financeiro negociado no mercado de Fundo de Investimento Imobiliário (FII) e debêntures cresceu 30% e 26%, respectivamente, em comparação ao ano de 2023.
A CVM chamou a atenção para as ofertas via plataformas eletrônicas de investimento participativo (crowdfunding), com esse segmento alcançando R$ 1,5 bilhão em emissões em 2024, de R$ 474 milhões no ano anterior.
A expansão ocorreu mesmo com uma queda anual no número de plataformas reguladas (66 em 2024 versus 72 em 2023), o que a CVM atribuiu ao “esforço de depuração da base cadastral de empresas que não realizavam emissões”.