O governo fechou acordo com a Gol e a Azul para reduzir a dívida das duas companhias aéreas com a União em cerca de R$5,8 bilhões no total, permitindo que o pagamento seja feito em até 120 parcelas, informou a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional nesta sexta-feira.
A Azul pagará R$ 1,1 bilhão de uma dívida de R$ 2,8 bilhões. Já a dívida da Gol passou de cerca de R$ 5 bilhões para R$ 880 milhões.
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Os descontos, dados às dívidas tributárias, não foram lineares e dependeram da carteira de débitos e garantias de cada empresa, além da capacidade de pagamento, segundo a PGFN. A expectativa é que os pagamentos comecem em cerca de 30 dias, após acertos operacionais.
Em fato relevante divulgado na quinta-feira, a Gol, que está em recuperação judicial nos Estados Unidos, disse que o acordo não impactará seu endividamento líquido financeiro.
Já à noite, em fato relevante separado, a Azul, que havia dito à Reuters inicialmente que não comentaria, afirmou que “os efeitos do acordo serão refletidos nas próximas demonstrações financeiras” da empresa.
No documento, a Azul afirma que “o valor total dos débitos renegociados no acordo é de cerca de R$ 2,9 bilhões”, ligeiramente diferente do anunciado pelo governo.
Mas a companhia aérea diz que “de tal valor será deduzido em mais de R$ 1,8 bilhão”, chegando ao R$ 1,1 bilhão a ser pago, que havia sido informado pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.
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