O HSBC comunicou nesta terça-feira (28), que encerrará seus negócios de fusões e aquisições de ações na Europa, Reino Unido e nas Américas, acelerando a mudança de foco para a Ásia em sua maior redução do segmento de banco de investimento em décadas.
“Nossa intenção é mudar para um modelo mais competitivo, escalável e orientado para o financiamento”, disse Michael Roberts, presidente-executivo do HSBC Bank, em um memorando enviado à equipe e visto pela Reuters, que afirmou que o credor manterá suas capacidades focadas em fusões, aquisições e mercados de ações na Ásia e no Oriente Médio.
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Um porta-voz do banco, que emprega cerca de 220 mil pessoas em todo o mundo, confirmou o conteúdo do memorando.
O presidente-executivo Georges Elhedery, que substituiu Noel Quinn em setembro de 2024, está reformulando o maior banco da Europa para cortar custos e melhorar a prestação de contas, bem como para reforçar seu foco na Ásia, onde obtém a maior parte de seu lucro.
Naquela época, analistas questionaram que tipo de economia Elhedery poderia obter e quais partes do banco seriam afetadas, considerando as tentativas de reestruturação de seus antecessores e a firme ambição do banco de continuar sendo um banco global de serviço completo.
O HSBC manterá suas operações de mercados de dívida e de financiamento de aquisições alavancadas em nível global, disse Roberts à equipe no memorando, que reconheceu o quanto a notícia seria “perturbadora” para os banqueiros que prestam consultoria em negociações e levantamento de ações corporativas.
Não ficou claro exatamente quantas funções serão cortadas, nem a economia provável ou quantos banqueiros poderiam ser realocados em outros negócios de financiamento, nos quais o HSBC considera que tem mais condições de competir com rivais norte-americanos, os quais há anos dominam o segmento de banco de investimento.
Alguns especialistas descreveram o momento da decisão do HSBC como surpreendente, uma vez que se espera que a atividade dos mercados de capitais cresça no curto prazo, fomentada pelas expectativas de cortes nas taxas de juros e pela formulação de políticas pró-crescimento em todo o Ocidente, na esteira do retorno do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.