Bom dia. Estamos na quinta-feira, 30 de janeiro.
Cenários
Tudo ocorreu como se esperava nas decisões dos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos. Por aqui, a primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) sob a presidência de Gabriel Galípolo confirmou o que havia sido antecipado na reunião anterior. Em linha com a quase unanimidade das projeções do mercado, o Copom elevou a taxa referencial Selic em 1,00 ponto percentual, para 13,25% ao ano.
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O Comunicado divulgado após a reunião manteve as advertências contra a alta dos riscos devido à desancoragem das expectativas de inflação.
Já nos Estados Unidos, o Federal Open Market Committee (Fomc), o Copom americano, também confirmou as expectativas e manteve os juros inalterados na faixa entre 4,25% e 4,50% ao ano.
O comunicado mantecve as menções à solidez da atividade econômica, que continua crescendo em ritmo sólido. No entanto, o texto destacou que o mercado de trabalho continua resiliente e que a taxa de desemprego se estabilizou em níveis historicamente baixos, ao redor de 4,1%. Na entrevista coletiva após o encontro, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (FED), o banco central americano, afirmou que a economia permanece “em bom estado” e que “até agora” as decisões sobre imigração do presidente Donald Trump não foram percebidas nos indicadores.
Perspectivas
Ao confirmar as expectativas dos investidores, tanto o Copom quanto o FED mantiveram as perspectivas negativas para os mercados financeiros. Por aqui, nada mudou. Ao chancelar a elevação da Selic “contratada” na reunião de dezembro, o Copom confirmou a percepção de expectativas de inflação desancoradas e de pessimismo com as contas públicas. Ou seja, não forneceu nenhum alívio para os investidores e segue observando condições para novas altas do dólar e dos juros ao longo de 2025.
Já o Federal Reserve também confirmou que a economia americana segue aquecida, com um mercado de trabalho pressionado e preços acima da meta. Isso indica uma probabilidae maior de que os juros permaneçam onde estão por mais tempo, e até pode levar os FED Funds a permanecer no patamar atual durante todo o ano.
Tudo isso indica um cenário adverso para o Brasil e as demais economias emergentes devido a um dólar elevado, que tende a ser inflacionário, especialmente nos alimentos.
Indicadores
- Brasil
IGP-M (Jan)
Esperado: 0,21%
Anterior: 0,94%
Índice de emprego Caged (Dez)
Esperado: – 402,5 mil
Anterior: + 106,63 mil
- Estados Unidos
Pedidos iniciais de seguro-desemprego
Esperado: 224 mil
Anterior: 223 mil
PIB (4º trim)
Esperado: 2,7%
Anterior: 3,1%