A Bybit anunciou uma recompensa para quem conseguir resgatar alguma quantia do US$ 1,4 bilhão (R$ 7,98 bilhões) em Ethereum (ETH) roubado por hackers na última sexta-feira (21). Em comunicado à imprensa, a corretora afirmou que oferecerá 10% do valor recuperado a quem conseguir a proeza e disponibilizou e-mail para empresas e indivíduos interessados.
Estima-se que o episódio foi o maior hack de criptomoedas da história. O roubo foi atribuído ao Grupo Lazarus, uma organização de hackers que usa esquema de phishing para conseguir pagamentos milionários. A identificação dos criminosos foi feita por um pesquisador de segurança, que foi recompensado pela Arkham, em 50 mil ARKM (US$ 34 mil ou R$ 193,8 mil).
Entenda o episódio
Após o ataque hacker, o cofundador e CEO da Bybit, Ben Zhou, o invasor explorou uma interface e uma URL “mascaradas”, enganando os assinantes para que aprovassem, sem perceber, uma transação maliciosa. Dessa forma, o hacker alterou a lógica do contrato inteligente e assumiu o controle da carteira fria de ETH, esvaziando os seus fundos.
Diante do episódio, o mercado de criptomoedas sofreu com forte volatilidade. Inicialmente, especulou-se que a Bybit precisaria recomprar ETH na proporção de 1:1 para compensar os usuários afetados, o que poderia impulsionar significativamente o preço da criptomoeda.
No entanto, o CEO da empresa explicou que não adotaria essa medida, já que possuía um empréstimo-ponte, que cobria 80% do valor perdido, além de não ter planos para imediatos para comprar grandes quantidades da criptomoeda. Por consequência, o mercado ficou pessimista em meio a preocupações com a pressão de venda por parte do hacker — algo pouco viável diante da repercussão — e uma maior aversão ao risco entre os investidores.
Os especialistas acreditam que os hackers não irão conseguir se desfazer tão rapidamente das moedas por conta das características de rastreio da blockchain e até mesmo da falta de liquidez suficiente no mercado para uma quantia tão grande de moedas.
