
Bom dia. Estamos na segunda-feira, 17 de março.
Cenários
A semana terá duas reuniões de bancos centrais. Por aqui, haverá a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e nos Estados Unidos haverá o encontro do equivalente Federal Open Market Committe (Fomc).
Nos dois casos os resultados estão dados. Por aqui, o Copom deve cumprir o escrito e elevar a taxa referencial Selic em um ponto percentual, para 14,25% ao ano, mandando a taxa para o nível de outubro de 2016.
Na manhã desta segunda-feira (17) as opções de Copom negociadas na B3 indicavam 94,62% de probabilidade de que isso ocorra. Em sua última reunião de 2024, o Copom “contratou” duas altas de um ponto percentual, nas reuniões de janeiro e de março.
Já nos Estados Unidos, o Fomc deve manter a taxa referencial do Fed Funds inalterada na faixa entre 4,25% e 4,50% ao ano. A justificativa é que “embora o progresso na redução da inflação tenha sido abrangente, as leituras recentes ainda permanecem um pouco acima do nosso objetivo de 2 por cento”, conforme declarou Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (FED), o banco central americano, em um discurso no dia 7 de março, em Chicago. Powell também afirmou: “Muitos indicadores mostram que o mercado de trabalho está sólido e amplamente equilibrado.”
Perspectivas
O que interesse mesmo aos investidores, para além da confirmação das expectativas, é a avaliação dos bancos centrais daqui e da gringa sobre os cenários prospectivos para a inflação. Por aqui, a edição do Relatório Focus desta segunda-feira segue indicando uma expectativa do mercado de Selic a 15% no fim de 2025.
No entanto, pela primeira vez neste ano, a expectativa para a inflação desde ano recuou um pouco. Não foi uma queda significativa. A projeção é de 5,66% ante os 5,68% da edição anterior, mas a estimativa segue acima dos 5,60% de quatro semanas atrás. Mesmo assim, a depender dos próximos levantamentos, isso pode ser uma indicação de que as projeções para a inflação pararam de piorar.
Nos Estados Unidos, o interesse dos investidores é o Fomc indicar a possibilidade de um corte nos juros em maio. Atualmente, os mercados veem um corte em maio como menos provável, mas ainda possível. Declarações dos formuladores de política monetária do FOMC na reunião de março podem impactar significativamente essas expectativas.
Indicadores
- Brasil
Relatório Focus
Índice de atividade IBC-Br (Jan)
Esperado: + 0,22%
Anterior: – 0,70%
- Estados Unidos
Vendas no Varejo (Fev)
Esperado: + 0,60%
Anterior: – 0,90%
Núcleo de Vendas no Varejo (Fev)
Esperado: + 0,30%
Anterior: – 0,40%