
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, disse nesta sexta-feira (7) que serão discutidos planos sobre como adquirir criptomoedas para uma reserva estratégica do país que incluirá bitcoin, antes de líderes do setor se reunirem com o presidente Donald Trump na Casa Branca.
Em uma entrevista à CNBC, Bessent disse que ativos de criptomoedas apreendidos iriam para a reserva primeiro “então veremos qual é o caminho a seguir para mais aquisições para a reserva. E estamos começando com o bitcoin, mas é uma reserva geral de criptomoedas”.
No domingo (3), o presidente dos Estados Unidos anunciou que supervisionará a criação do fundo critpto e que ele será composto por bitcoin, ethereum, XRP e Cardano. Segundo ele, o intuito seria “garantir que o país seja a capital global das criptomoedas”.
A iniciativa, no entanto, não foi muito bem recebida por grandes nomes do setor de criptomoedas e tecnologia. A grande questão é a inclusão de ativos além do bitcoin e se esse tipo de político não ultrapassa os limites do escopo de um livre mercado.
Entre os críticos está o CEO da Coinbase Brian Armstrong. Em publicação feita no X, ele afirmou que a melhor seria apenas ter uma reserva de bitcoin. Já Joe Lonsdale, da Paantir, afirmou que é um esquema de “cripto bros”, além de alertar que não é algo “adequado e baseado em princípios do governo” e financiar um fundo de critptoativos.
Mesmo aliados de David Sackz, nomeado por Donald Trump como seu “czar das criptomoedas” não gostaram da ideia. Jason Calacanis, coapresentador do podcast “All-in”, do Vale do Silício, chamou a medida de “Trump Pump” e que seria um “esquema de enriquecimento”. Enquanto Jeff Park, estrategista do setor de fundos de índice de cripto Bitwise, considera que a inclusão de moedas que não são o bitcoin como um “grande erro político de Trump”.