
Bom dia. Estamos na terça-feira, 1º de abril.
Cenários
Se o mercado financeiro estivesse no negócio da ironia, esta terça-feira seria um dia de máxima histórica. Apesar de não ser uma comemoração no sentido formal do termo, o dia 1º de abril é lembrado como o dia da mentira em diversos países.
Até pouco tempo atrás, mesmo as normalmente sisudas agências de notícias entravam na brincadeira, divulgando informações fantasiosas (mas, ao contrário das fake news atuais, a desconexão com a verdade ficava clara ao fim do texto).
Agora, o dia 1º de abril coincidiu com a véspera do “Dia da Libertação”, data inventada pelo presidente Donald Trump para marcar o início da implantação de tarifas comerciais sobre produtos importados pelos Estados Unidos. Depois de meses de idas e vindas no assunto, Trump soltou mais uma de suas bombas na noite do domingo (30), quando disse que todos os países serão tributados.
A falta de definição e a mudança das intenções sem aviso prévio, características da segunda gestão de Trump, vêm provocando um impacto profundo e negativo sobre os mercados.
Perspectivas
A terça-feira começou sem uma tendência definida nos mercados, com os investidores à espera de notícias sobre as tarifas. Não se descarta a hipótese de que, durante o dia, Trump anuncie que mudou (de novo) de ideia e que haverá mais debates e mais discussões sobre o assunto.
Na hipótese de isso não ocorrer e as tarifas de fato forem aplicadas, os próximos dias serão de muito trabalho para os profissionais de mercado, que deverão calcular o impacto dessas medidas sobre os resultados das empresas e sobre as economias mundiais, a brasileira incluída.
Indicadores
- Brasil
PMI Industrial S&P Glovbal (Mar)
Esperado: ND
Anterior: 53,0
- Estados Unidos
PMI Industrial (Mar)
Esperado: 49,8
Anterior: 52,7
PMI Industrial ISM (Mar)
Esperado: 49,5
Anterior: 50,3
Relatório de empregos JOLTs (Fev)
Esperado: 7,69 milhões
Anterior: 7,74 milhões