O varejo brasileiro teve alta de 0,6% em abril, mostrando que o panorama geral ainda é de desaceleração da atividade econômica. O cenário de acordo com o Índice do Varejo Stone (IVS), divulgado nesta terça-feira (13), indica que, em relação ao mesmo período do ano anterior, o crescimento foi de 0,4%.
O estudo aponta que quase todos os segmentos analisados tiveram alta em abril. Os setores que mais subiram foram o de livros, jornais, revistas e papelaria com alta de 7%, seguido de materiais de construção com 2,1% e tecidos, vestuário e calçados e móveis e eletrodomésticos com 1,3%. “Apesar da leve melhora na maioria dos setores em abril, as altas não foram suficientes para compensar as quedas registradas no mês anterior”, diz Matheus Calvelli, pesquisador econômico e cientista de dados da Stone. O segmento de vestuário avançou 1,3% em abril após ter recuado 3,3% em março.
Entre as baixas, o único que registrou queda foi o setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo que enfraqueceu com 2,2%. De acordo com Calvelli, ainda há sinais de enfraquecimento do mercado de trabalho com o aumento da taxa de desemprego e diminuição da geração de empregos formais. “As famílias seguem pressionadas pelo alto nível de endividamento e por uma inflação ainda elevada”, afirma o especialista.
Acumulado do ano
No comparativo anual, o segmento de combustíveis e lubrificantes tem o melhor
desempenho, com alta de 5,8%, seguido por hipermercados, supermercados, produtos
alimentícios, bebidas e fumo (4,0%).
Já entre os resultados negativos, o segmento de móveis e eletrodomésticos apresentou a maior queda anual, com retração de 3,2%, seguido pelo setor de artigos farmacêuticos, que acumulou baixa de 3%.
O índice mostra uma elevação mensal de 5,3% no comércio digital, enquanto o comércio físico registrou crescimento de 0,3%. Já na análise anual, o varejo online teve retração de 4,8%, e as vendas presenciais uma alta de 1,3%.
No recorte regional, 19 estados apresentaram resultado positivo no comparativo anual, liderados por Acre, com alta de 12,1%, seguido por Amapá (9,4%), Sergipe (8,6%), Roraima (6,5%) e Rio Grande do Sul (5,7%). Já o Distrito Federal apresentou a maior queda, com 4,7%, seguido por Mato Grosso do Sul (4,4%), Rondônia (3,3%), e Rio de Janeiro (2,7%).
