A corretora de investimentos XP anunciou na manhã de hoje (17) que está assumindo o compromisso público de atingir a equidade de gênero em seu quadro de colaboradores até 2025 em todos os níveis hierárquicos. Para isso, lançou neste mês um coletivo feminino batizado de MLHR3, com 135 mulheres e o CEO da empresa, Guilherme Benchimol, para discutir questões sobre o tema. Hoje, a XP possui 2.600 colaboradores, sendo que 22% são mulheres. Até o fim do ano, esse número deve chegar a 3.100.
Entre as iniciativas definidas pelo coletivo estão o fomento de discussões e a implementação de ações nas comunidades internas; treinamento para lideranças; treinamento para preparar todos os colaboradores que realizam processo seletivo; mentoria de carreira para mulheres; acompanhamento de KPIs de promoções e remuneração entre os gêneros; revisão de políticas internas (ajuste da nomenclatura das vagas e avaliação de desempenho); canal aberto para participação e discussão; parcerias para desenvolvimento de mulheres e suporte à inclusão, a começar pelo Reprograma, iniciativa de formação de mulheres para trabalhar com programação; licença maternidade e paternidade estendida; possibilidade de trabalho remoto para todos os colaboradores, de acordo com o que for melhor para cada profissional.
“Entendemos o contexto histórico da nossa sociedade e desse mercado, que hoje não atrai ou favorece a presença feminina, e nosso intuito é derrubar essas barreiras. Mais mulheres no mercado financeiro também significa mais empoderamento de suas finanças, que é uma ferramenta de liberdade. Destaco ainda o home office como uma excelente política de flexibilidade, que irá contribuir para a questão de carreira e maternidade, um dos pontos cruciais para profissionais mulheres”, diz Marta Pinheiro, sócia e diretora de ESG da XP e líder do coletivo.
Benchimol vai ainda mais longe e diz que a instituição financeira pretende ser um exemplo de empresa que gera um impacto positivo para a sociedade. “Queremos criar as melhores condições para que essas profissionais consigam desempenhar todo o seu potencial, auxiliando nas questões do dia a dia do trabalho e, também, na qualidade de vida.”
A equidade de gênero ainda é um desafio para as empresas brasileiras. Embora as mulheres venham conquistando cada vez mais espaço – representam 40% da população economicamente ativa, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) – elas ainda ganham cerca de 20,5% menos que os homens e enfrentam desafios para subir de cargo. Uma pesquisa do Insper revelou que apenas 13% das empresas com atuação no Brasil têm CEOs mulheres. Elas ocupam 26% dos cargos de diretoria, 23% dos postos de vice-presidentes e 16% dos cargos em conselhos. De modo geral, elas têm, em média, 19% das posições
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