Até agosto, o programa We Ventures, liderado pela Microsoft com participação de grandes empresas, incluindo Suzano e Porto Seguro, levantou R$ 60 milhões para investimento em startups que tenham mulheres entre seus fundadores e líderes. “Até o final do ano, estamos prevendo chegar a R$ 100 milhões”, diz Franklin Luz, vice-presidente de inovação da companhia.
O fundo foi criado em 2019, partindo de estudos que mostram o impacto da participação feminina na economia. Um deles, feito pelo Boston Consulting Group, indica que a entrada de mulheres em massa na economia teria o potencial de aumentar o PIB mundial em algo entre 3% a 6%, impulsionando a economia global em R$ 13 trilhões a R$ 26 trilhões anuais.
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O fundo We Ventures já investiu em oito startups, uma delas, a We Impact, é especializada em apoiar outras startups para receberem investimentos de capital de risco. Em fevereiro, a Suzano passou a fazer parte do fundo com um aporte de R$ 5 milhões.
O foco do programa da big tech é o mercado de tecnologia e companhias com faturamento mínimo anual de R$ 200 mil, lideradas por uma equipe feminina com pelo menos 20% de participação e pelo menos uma mulher em cargo de liderança. Os investimentos seed, ou seja, nas fases iniciais das startups, geralmente acima de R$ 1 milhão.
Apenas 2% dos investimentos de venture capital no mundo são feitos em startups fundadas por mulheres, ainda que essas mesmas empresas tragam, em média, o dobro do retorno que aquelas que não têm empreendedoras. Para cada dólar investido, essas companhias geram R$ 4 em receita, enquanto as lideradas por homens convertem apenas R$ 1,6.