Quando Dina Radenkovic, 27 anos, trabalhava como médica e pesquisava doenças relacionadas ao envelhecimento, ela descobriu que os ovários das mulheres envelhecem cerca de cinco vezes mais rápido que o resto do corpo de uma pessoa.
Em parte, é por isso que as mulheres lutam com problemas de fertilidade à medida que envelhecem. E também é por isso que ela fundou sua empresa, a Gameto, que usa engenharia celular com o objetivo de tornar os ciclos de fertilização in vitro mais curtos e reduzir a necessidade de injeções hormonais.
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“Estamos em uma era de ouro em que as tecnologias são realmente capazes de manipular a biologia”, diz. Segundo ela, até mesmo doenças que não eram consideradas curáveis há menos de uma década agora têm curas reais passando por testes clínicos, graças aos avanços de engenharia celular e terapia gênica.
Radenkovic não é a única a aplicar novas tecnologias para resolver velhos problemas na área da saúde. Ela é uma das 10 mulheres em ascensão na lista 30 Under 30 Healthcare da Forbes USA, que inclui empresários e cientistas que trabalham para expandir o acesso aos cuidados e ao tratamento e cura de doenças.
Veja outras nove mulheres dedicadas à saúde no Under 30 USA:
Amira Barkal, 29 | Fundadora, Pheast Therapeutics
A Pheast Therapeutics é uma empresa de imunoterapia contra o câncer que usa células imunológicas ativadas para combater a doença. Com 73% do seu grupo de cientistas sendo mulheres, a empresa trabalha com câncer de ovário e de mama, duas das principais causas de morte em mulheres. A Pheast fechou um financiamento da Série A de US$ 76 milhões (R$ 394 milhões) em abril.
Alison Burklund, 28 | Cofundadora, Nanopath
Alison Burklund é cofundadora e CTO da Nanopath. A empresa cria diagnósticos que testam infecções pélvicas e ginecológicas durante uma única visita, para que o tratamento possa começar imediatamente. Recentemente, a empresa fechou uma rodada de financiamento da Série A de US$ 10 milhões (R$ 51,9 milhões), elevando seu financiamento total para US$ 11,5 milhões (R$ 59,7 milhões).
Giovanna Abramo, 29 | Cofundadora, Plenna
Giovanna Abramo é cofundadora e coCEO da Plenna, uma plataforma de tecnologia de saúde feminina que atende pacientes em toda a América Latina. A empresa visa reduzir as barreiras que impedem as mulheres de ter tratamento de saúde sexual e reprodutiva, conectando-as a médicos para consultas presenciais e online.
Jessica Chao, 29 | Cofundadora, LingoHealth
A empresa de Chao, LingoHealth, possui uma plataforma digital de saúde que ajuda pacientes idosos e seus cuidadores a navegar em seu histórico de saúde no idioma que quiserem. A empresa tem como alvo os 20% de americanos que falam um idioma diferente do inglês quando estão em casa. Apoiada por uma maioria de fundos de investimentos liderados por mulheres, a LingoHealth levantou US$ 1 milhão (R$ 5,1 milhões) em capital.
Shu Jiang, 29 | Professora da Escola de Medicina da Universidade de Washington
A pesquisa de Jiang se concentra no desenvolvimento de métodos estatísticos para oncologia de precisão com foco no câncer de mama. Ela está trabalhando para melhorar a prevenção do risco desse tipo de câncer, em parte abordando as disparidades raciais no campo da saúde e otimizando os modelos de prevenção para incluir mulheres de diferentes raças.
Briana Chen, 28 | Pós-doutoranda da Universidade de Columbia
Briana Chen é uma cientista da Universidade de Columbia cuja pesquisa se concentra nas disparidades de gênero no campo da saúde mental. Seu trabalho descobriu que as mulheres têm duas vezes mais chance de desenvolver depressão do que os homens, mas muitas vezes apresentam alguns sintomas diferentes. Como resultado disso, ela está em processo de criação dos primeiros antidepressivos específicos para mulheres.
Saumya Sao, 24 | Cofundadora, The Violet Project da Johns Hopkins Medicine
Sao cofundou a Ong Violet Project, uma plataforma digital de saúde que fornece às jovens do estado americano de Maryland pacotes menstruais gratuitos (cheios de absorventes e absorventes internos) e preservativos. A Violet também ajuda pessoas que testam positivo para ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis) com médicos que podem fornecer tratamento adequado.
Katie-Rose Skelly, 29 | Cofundadora, Known Medicine
Apenas 3,4% dos medicamentos oncológicos em ensaios clínicos chegam ao mercado e apenas 50% dos pacientes com câncer em estágio avançado se beneficiam do seu primeiro tratamento. A empresa de Katie-Rose Skelly, a Known Medicine, espera reduzir esse número usando a tecnologia de machine learning para prever os resultados dos pacientes – uma ideia que levantou US$ 7,2 milhões (R$ 37,39 milhões) em um financiamento inicial.
Joan Zhang, 27 | Cofundadora, Arise
Quase 1 em cada 10 pessoas vai passar por um distúrbio alimentar durante a vida, mas nem todos recebem a ajuda de que precisam. É aí que Joan Zhang e sua empresa Arise entram em ação. É uma rede virtual de atendimento que melhora o acesso ao tratamento de distúrbios alimentares. O serviço é feito presencialmente no estado do Texas e coberto pela empresa BlueCross BlueShield.