Jacinda Ardern se despediu emocionada nesta terça-feira (24) em seu último dia como primeira-ministra, falando da gentileza e empatia que os neozelandeses demonstraram por ela, mas disse que está pronta para ser irmã e mãe.
Dias depois de surpreender o mundo ao anunciar que “não tinha mais gás” para liderar o país e renunciaria, a líder de 42 anos chegou a uma reunião de políticos e anciãos maori na pequena cidade de Ratana, ao norte da capital Wellington, e foi instantaneamente cercada por apoiadores em busca de fotos.
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“Obrigada do fundo do meu coração pelo maior privilégio da minha vida”, disse Ardern em um discurso.
Ela renunciará na quarta-feira (25) e será substituída pelo novo líder do Partido Trabalhista, Chris Hipkins.
Ardern, junto com Hipkins e políticos da oposição, estavam fazendo uma visita anual a Ratana, onde uma celebração de uma semana é realizada pelo nascimento do profeta maori Tahupotiki Wiremu Ratana.
“Minha experiência geral neste cargo tem sido de amor, empatia e gentileza”, disse ela.
Ícone global de esquerda, Ardern chamou a atenção por levar seu bebê a uma reunião da ONU e usar um hijab após um massacre contra muçulmanos. Embora tenha se tornado alvo de ódio e abuso online de extremistas de direita nas redes sociais, ela disse que estava deixando o cargo com amor no coração.
“Quero que saibam que parto com mais amor e carinho pela Nova Zelândia e seu povo do que quando comecei.”
Antes de ir para o local, Ardern enfrentou a mídia possivelmente pela última vez como primeira-ministra, sorrindo amplamente ao se recusar a responder a perguntas políticas, dizendo que agora eram responsabilidade de seu sucessor.
“Estou pronta para ser muitas coisas. Estou pronta para ser uma deputada. Estou pronta para ser uma irmã e uma mãe”, disse ela.