Determinar as 100 mulheres na lista das Mais Poderosas do Mundo é um processo que começa em setembro e leva em conta as movimentações de figuras da política, executivas e celebridades do mundo inteiro até o momento. Quais líderes deixaram seus cargos? Quem assumiu e já está causando impacto? E quem pode estar em uma posição de poder, mas sendo bloqueada pelo seu chefe bilionário, amante das redes sociais?
As respostas a essas perguntas ajudaram a moldar a lista final da Forbes deste ano, que você pode ver aqui. Elas também explicam por que você não encontrará Sanna Marin, ex-primeira-ministra da Finlândia, ou Susan Wojcicki, ex-CEO do YouTube, nomes que apareceram nos anos anteriores.
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E por que CEOs como a brasileira Tarciana Medeiros, presidente do Banco do Brasil, e Sandy Ran Xu, da JD.com, empresa chinesa de comércio eletrônico, estão na lista deste ano pela primeira vez, enquanto a CEO do X (ex-Twitter), Linda Yaccarino, não.
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Algumas respostas demoram mais para surgir. Afinal, o poder pode ir e vir de acordo com um cronograma nem sempre propício aos prazos editoriais. Por isso, aqui estão lideranças que não aparecem entre as 100 mais poderosas do mundo, mas cuja influência está em ascensão.
Veja 10 mulheres em quem vamos ficar de olho em 2024
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Denise Dresser e Lidiane Jones
CEOs mulheres ainda são exceção no mercado. Apenas 41 das empresas do índice S&P 500, que representa as maiores empresas dos EUA, são lideradas por mulheres – e mais rara ainda é uma linha de sucessão de CEO de mulher para mulher. No entanto, Salesforce, Slack e Bumble são exemplo disso. Quando a fundadora do Bumble, Whitney Wolfe Herd, anunciou em novembro que deixaria o cargo de executiva-chefe do aplicativo de namoro, Herd também disse que a brasileira Lidiane Jones, então CEO do Slack, assumiria seu cargo em janeiro de 2024. No lugar de Jones entrará Dresser, executiva de longa data da Salesforce e que também trabalhou na Oracle.
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Mira Murati
No decorrer de um mês, Murati passou de CTO da Open AI a CEO interina, ficou desempregada e depois voltou a atuar como CTO da empresa. Deixando o caos de liderança à parte, Murati é uma engenheira mecânica que usou suas habilidades para ajudar a construir as ferramentas de IA ChatGPT e DALL-E. “Mira ajudou a transformar a Open AI de uma startup a uma das empresas de IA mais importantes do mundo”, escreveu recentemente o CEO da Microsoft, Satya Nadella, na Revista Time.
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Divulgação/EY Janet Truncale
A empresa de consultoria global EY anunciou em novembro que Truncale se tornará CEO global em julho de 2024. A executiva, que iniciou sua carreira na EY como estagiária, atualmente supervisiona uma equipe de 14 mil pessoas como sócia-gerente regional da EY Americas Financial Services Organization. Quando assumir no próximo ano, será responsável pelos 365 mil funcionários da EY em todo o mundo.
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Getty Images Claudia Sheinbaum e Xóchitl Gálvez
O México terá uma mulher presidente no próximo ano, depois de Sheinbaum e Gálvez, candidatas dos dois maiores partidos políticos do país, se enfrentarem nas eleições presidenciais de junho de 2024. Cientista com Ph.D. em engenharia de energia, Sheinbaum é uma candidata de esquerda que foi prefeita da Cidade do México de 2018 a 2023. Gálvez, que é de herança do povo indígena Otomi e liderou o Instituto Nacional dos Povos Indígenas do México de 2000 a 2006, foi recentemente senadora no congresso do México. Não importa quem vença em junho, será a primeira mulher a liderar o país.
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Getty Images Michele Bullock e Hafize Gaye Erkan
Bullock e Erkan quebraram barreiras este ano quando foram nomeadas chefes dos bancos centrais da Austrália e da Turquia, respectivamente. Elas são as primeiras mulheres a ocupar os cargos. Também assumiram as suas posições num momento em que tendências inflacionistas elevadas colocaram pressão na economia de ambos os países. Erkan, ex-banqueira do Goldman Sachs, tem a tarefa de restaurar a confiança dos consumidores e investidores na lira turca, enquanto Bullock disse recentemente a um grupo de economistas em Sydney que poderia levar mais dois anos para que a inflação na Austrália caísse abaixo de 3%.
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Fei-Fei Li
Li é codiretora do Human-Centered AI Institute de Stanford, organização sem fins lucrativos dedicada ao desenvolvimento de uma inteligência artificial que seja segura e responsável, e inventora do ImageNet, um banco de dados de imagens usado em pesquisa de software para reconhecimento de objetos visuais. Há muito tempo ela é considerada uma pioneira em aprendizado de máquina. Na publicação de seu livro de memórias em novembro, “The Worlds I See: Curiosity, Exploration, and Discovery at the Dawn of AI” (Os mundos que vejo: curiosidade, exploração e descoberta no alvorecer da IA, em tradução livre), amplificou o acesso ao seu trabalho. “A matemática é limpa, mas o impacto social da tecnologia é confuso”, disse ela ao MIT Technology Review no mês passado. “Reconheça essa confusão, porque o que estamos criando tem um impacto positivo e negativo.”
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Reshma Saujani
O empoderamento feminino está no centro do trabalho de Saujani. Ela fundou a Girls Who Code em 2012 como uma forma de aumentar o número de mulheres na ciência da computação. Nos últimos 11 anos, educou mais de 500 mil meninas, mulheres e pessoas não binárias. Ela liderou a organização até 2021 e depois direcionou sua energia empreendedora para a defesa de melhores políticas de licença familiar e cuidados infantis nos EUA. Saujani fundou o Moms First, movimento para dar apoio a mães, desde licença remunerada até igualdade salarial e creche infantil. Em setembro, disse à Forbes USA que o telefone dela não parava de tocar à medida que os CEOs ficavam cada vez mais preocupados com a perda de benefícios de assistência infantil para os seus trabalhadores.
Denise Dresser e Lidiane Jones
CEOs mulheres ainda são exceção no mercado. Apenas 41 das empresas do índice S&P 500, que representa as maiores empresas dos EUA, são lideradas por mulheres – e mais rara ainda é uma linha de sucessão de CEO de mulher para mulher. No entanto, Salesforce, Slack e Bumble são exemplo disso. Quando a fundadora do Bumble, Whitney Wolfe Herd, anunciou em novembro que deixaria o cargo de executiva-chefe do aplicativo de namoro, Herd também disse que a brasileira Lidiane Jones, então CEO do Slack, assumiria seu cargo em janeiro de 2024. No lugar de Jones entrará Dresser, executiva de longa data da Salesforce e que também trabalhou na Oracle.
(traduzido por Fernanda de Almeida)