As mulheres são maioria entre os empreendedores no Brasil, somando 32 milhões em um total de 52 milhões de empresários, de acordo com dados do Sebrae.
Apesar de liderarem esse cenário, as empreendedoras enfrentam desafios adicionais ao fundar e gerir seus negócios, como desigualdade de oportunidades, falta de acesso a investimentos e sobrecarga com atividades domésticas e de cuidados com os filhos.
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Essas barreiras não apenas limitam o potencial das empreendedoras e suas empresas, mas também têm impacto na economia global. O Banco Mundial estima que a superação dessa lacuna de gênero poderia aumentar o PIB global em mais de 20%, com ganhos de cerca de R$ 115 trilhões.
Para ter sucesso ao construir a própria empresa, algumas das maiores empreendedoras do país destacam a importância de ouvir sua intuição, buscar um propósito, se dedicar e se capacitar o tempo todo, construir uma rede (dentro e fora do negócio), aprender a errar rápido e saber quando e como redirecionar a rota.
No Dia do Empreendedorismo Feminino, oficializado em 2014 pela Organização das Nações Unidas (ONU), conversamos com algumas das mais bem-sucedidas empresárias do país, que enfrentaram esses e – tantos – outros desafios e aprenderam a dar a volta por cima.
Aqui, elas contam os conselhos que gostariam de ter ouvido no início da trajetória e que são essenciais para fundar e escalar um negócio.
Empreendedoras dão dicas para fundar e escalar seu negócio
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Patricia Bonaldi, fundadora, CEO e diretora criativa da Patbo
“Confie no seu instinto, valorize a sua autenticidade e nunca subestime o poder do trabalho em equipe. Acredite na força da sua visão, mas esteja aberta a aprender constantemente. Enfrente os desafios como oportunidades de crescimento e lembre-se de que sua história única é o que diferencia o seu negócio. Acima de tudo, seja resiliente e tenha paixão pelo que faz, porque isso será o motor para superar qualquer obstáculo.”
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Divulgação Chieko Aoki, presidente da Blue Tree Hotels
“Tenha propósito (ikigai)! Ele nos faz levantar da cama cheios de entusiasmo todos os dias. Crie laços (kizuna), que nos conectam às pessoas com humanidade. Pratique a hospitalidade: ‘Não deixe jamais que as pessoas que chegaram até você vão embora sem se sentirem melhores ou mais felizes do que quando chegaram.'”
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Juliana Coutinho Camila Coutinho, fundadora e gestora da plataforma Garotas Estúpidas e da GE Beauty
“É muito importante você eleger as suas pessoas de confiança para trocar durante a jornada, porque essa jornada empreendedora que todo mundo fala é muito solitária. É muito difícil tomar decisões sozinha. É normal ter medo quando você empreende, faz parte. Empreender sempre está atrelado a tomar riscos. Não ter uma pessoa para dividir e trocar sobre as decisões faz a jornada ser mais pesada. É importante identificar quem são essas pessoas de confiança, porque não dá para perguntar esse tipo de coisa para gente que não é de confiança. Pode ser alguém da sua família ou um parceiro que você tenha uma relação muito próxima.
Também é legal entender a dinâmica do empreendedorismo, que é completamente diferente da dinâmica de um trabalho CLT. Tem seus prós e contras. Ter grupos de amigas empreendedoras é uma coisa que ajuda muito, porque a gente troca muito sobre as dores e delícias no dia a dia e isso ajuda a furar a bolha de pressão. Muitas das vezes, o problema de uma é o problema da outra também, então a gente acaba dividindo essas frustrações.” -
Monique Evelle, fundadora da Inventivos e investidora no Shark Tank Brasil
“É menos sobre chamar os amigos para criar um negócio e mais sobre se conectar com pessoas que complementam suas habilidades e que acreditam na sua visão para construir algo sólido e escalável. Investir em parcerias certas e buscar mentores que desafiem sua forma de pensar é um divisor de águas no empreendedorismo. Pedir ajuda nunca é demais.”
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Divulgação Bruna Tavares, fundadora da linha Bruna Tavares
“No começo, o mercado te induz muito a seguir apenas pesquisas de mercado, e as pesquisas de mercado sempre mantêm as coisas em lugares muito parecidos. Olhar para fora e acreditar no instinto pessoal e na sua própria pesquisa junto ao seu público e segmento foi um game changer para a minha marca, e só aconteceu quando me permiti olhar para além do habitual e do convencional.”
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Divulgação Fiorella Mattheis, fundadora e CEO da Gringa
“A jornada é longa e muito difícil. Não existe essa de “desligar” no final de semana ou férias. De fato, a palavra resiliência é a que mais acompanha o empreendedor e a que mais precisa ser lembrada. Vão ter mais momentos difíceis do que fáceis, então a minha dica é aproveitar a jornada e tirar o melhor disso. É muito mais sobre o caminho até o sucesso do que simplesmente chegar lá.”
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Divulgação Tania Bulhões, fundadora da marca Tania Bulhões
“Acho que o mais importante que aprendi nestes anos todos do meu trabalho foi cair e levantar. Perseverança. Aprender com os erros e enganos, mas mantendo sempre a origem da minha arte e as coisas mais profundas que acredito.”
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Divulgação/Sólides Mônica Hauck, cofundadora e CEO da Sólides
“Um dos conselhos que eu gostaria de ter recebido no início da minha carreira é a importância de valorizar o que é diferente. No empreendedorismo, temos a tendência de querer contratar pessoas que sejam parecidas conosco, mas, na verdade, o que precisamos é justamente do complemento, das perspectivas e habilidades que nos faltam.
A complementaridade de perfis é essencial, especialmente no âmbito profissional, pois é ela que impulsiona a inovação e a capacidade de resolver desafios de forma mais eficaz. Aprender a dar valor e espaço para perfis diferentes do nosso é um passo fundamental para o sucesso de qualquer negócio.”
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Carol Ignarra, CEO da Talento Incluir
“Como empreendedora, é essencial que você trate seu negócio como um filho. Desde o início, invista tempo e esforço para criar uma base sólida, desenvolvendo cada aspecto com cuidado e dedicação. O negócio precisa de orientação, apoio e recursos para crescer. No entanto, para alcançar o verdadeiro sucesso, deve ser capaz de prosperar independentemente de sua presença constante. Isso significa construir uma equipe competente, implementar processos eficientes e criar uma cultura organizacional que permita ao negócio evoluir por conta própria.
Quando seu negócio não depende mais exclusivamente de você para tomar decisões e avançar, ele se torna mais resiliente e sustentável. Dessa forma, você pode focar em novas iniciativas e crescimento, sabendo que sua criação está em boas mãos e pronta para conquistar o mundo.”
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Divulgação Adriana Barbosa, CEO da plataforma PretaHub e presidente do Instituto Feira Preta
“Tenha um propósito claro para começar a empreender e valorize a construção de uma rede de apoio sólida. O empreendedorismo negro, especialmente para mulheres, apresenta desafios únicos, mas também revela uma força transformadora: a maioria dos empreendimentos negros em toda a América Latina, é liderado por mulheres de até 39 anos: 52%, de acordo com pesquisa da Feira Preta, com Plano CDE e CAF. E muitas de nós somos responsáveis pelo sustento de nossas famílias. Esses dados reforçam a importância de fortalecer a comunidade afroempreendedora feminina, impulsionar a economia e gerar impacto concreto.”
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Priscila Prade Ana Fontes, fundadora da Rede Mulher Empreendedora
“Invista em participar de grupos sérios e redes de relacionamento, porque eles podem trazer mentorias, podem te ajudar nos momentos que você precisa de mais motivação e até em questões que você tenha no seu negócio. E além disso, o que eu recomendaria para as empreendedoras e que eu aprendi a fazer desde o início, é aprender a empreender. Empreender não é só intuição, não é só ter vontade e propósito, isso tudo é muito importante, mas você tem que aprender. Eu fui buscar informação sobre gestão, sobre modelos de negócio, é importante que as mulheres tenham na mente delas que aprender a empreender é fundamental.”
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Divulgação Flávia Deutsch, cofundadora e CEO da startup Theia
“Se rodeie de pessoas que você admira e que elevem a barra para você trazer o melhor de você para a mesa todos os dias. Empreender já é difícil o suficiente por si só, por isso ter ao seu redor quem faça a jornada mais leve torna o processo muito mais produtivo e saudável.
A sua energia e a do seu time precisam estar direcionadas para a execução, para aprender rápido com erros e ajustar a rota. Eliminar distrações é fundamental.
Para isso, é necessário clareza do que se quer resolver e disciplina, além de uma comunicação fluida entre todos. Não se abstenha das conversas difíceis, elas abrem um mundo de possibilidades e elevam a confiança de todos.”
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Giulia Braide, cofundadora da MESSS
“Quando falamos de empreendedorismo, há conselhos que sempre aparecem: coragem, resiliência, acreditar em si. E, de fato, são fundamentais. Mas, com 10 anos de trajetória empreendendo, se pudesse voltar no tempo e me dar um conselho, seria este: pratique a gentileza.
Empreender é, muitas vezes, uma jornada solitária, cheia de desafios e decisões difíceis. Mesmo com sócios ou uma equipe ao seu lado, a carga emocional e a responsabilidade pesam. No começo, eu achava que precisava ser dura comigo mesma, que a cobrança constante era a única forma de evoluir. O tempo e a experiência, no entanto, me ensinaram que a gentileza — com os outros e, principalmente, comigo mesma — é uma ferramenta poderosa de crescimento.
Gentileza não significa baixar a guarda ou ser condescendente. É uma escolha consciente de enxergar a humanidade no outro e reconhecer seus próprios limites sem culpa. É saber que, mesmo no caos e na correria, manter a calma e o respeito pode transformar situações difíceis em oportunidades de conexão verdadeira.
Esse aprendizado veio com tempo, terapia e amadurecimento, mas hoje eu vejo que ser gentil não apenas me tornou uma empreendedora melhor, como também fortaleceu meu propósito. Afinal, empreender não é só sobre negócios; é sobre pessoas.”
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PH. Miro Renata Vichi, CEO da Kopenhagen e Brasil Cacau
“Quem começa cedo enfrenta o desafio do descrédito. As pessoas sempre colocam em dúvida o que você sabe e o quanto você pode contribuir. Eu comecei aos 16 anos na Kopenhagen e tive o privilégio de contar com incentivadores e mentores fantásticos que me ensinaram a lidar com isso, mas minha jornada teria sido muito mais leve se mais pessoas ao se depararem com o meu entusiasmo em aprender tivessem me dito: ‘Confie no seu potencial porque o mundo precisa de tudo que você tem a oferecer.’
Quando eu conheço pessoas no início de uma nova caminhada profissional, sejam jovens ou não, eu sempre digo: ‘Tenha coragem para experimentar o seu potencial e ser você mesmo, entusiasmo para desbravar novos caminhos, curiosidade para aprender e aproveitar oportunidades, leveza para encarar os desafios que serão constantes na sua jornada e, acima de tudo, cultive o seu autoconhecimento e autoconfiança, porque esses dois atributos combinados vão te conduzir a voos cada vez mais altos.'”
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Divulgação Daniela Binatti, cofundadora e CTO da Pismo
“Construir uma empresa requer inúmeras competências, e ninguém é bom em tudo. A resposta para isso é autoconhecimento: saber o que você faz muito bem e reconhecer as áreas onde precisa de uma equipe forte para garantir sucesso do negócio.”
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Divulgação Fernanda Ribeiro, fundadora e CEO da Conta Black
“Confesso que daria alguns bons conselhos à Fernanda empreendedora lá do começo, essa trajetória me trouxe alguns aprendizados. Diria que o principal deles é ter um bom arcabouço jurídico. É natural que, no começo, tudo beire ao informal, mas entendo que ter bons acordos e muito bem documentados é uma garantia de segurança e transparência para todos os lados.
Comecem fazendo um bom acordo de sócios – sociedade é um casamento e, assim como tal, precisa de condições bem definidas e documentadas, depois passaria por acordos de confidencialidade para stakeholders e a estruturação de uma estrutura simples de governança. Entendo que, no começo, as preocupações acabam sendo mais direcionadas à produtos/serviços, porém, olhar também para o jurídico, te livra de muita dor de cabeça no médio prazo.”
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Divulgação Lela Brandão, fundadora da Lela Brandão Co.
“O que eu gostaria de ter ouvido no início da minha trajetória empreendedora é que, se for pra esperar se sentir 100% capaz ou esperar que todas as condições e resultados estejam 100% perfeitos, a gente nunca vai tirar nada do papel. As empresas são organismos vivos, que se alimentam de tempo, feedback e aprendizados. Se não começar, não tem como evoluir, vai ficar só uma ideia de algo que poderia ter sido. É preciso trabalhar muito mais na coragem de ser vulnerável e resiliente do que se exigir um nível de perfeição inalcançável. Essa pressão é muito característica da forma de empreender feminina – se cobrar a perfeição para se autorizar existir nesse mundo. Isso é uma cilada, e eu queria ter percebido isso muito antes.”
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Divulgação Isabela Blasi, cofundadora e diretora de novos negócios da Indicium
“Minha jornada na Indicium me ensinou algumas lições que acredito serem valiosas para quem quer empreender e crescer no mundo dos negócios.
Primeiro, você não precisa ser especialista em tecnologia para empreender nessa área. O mais importante é enxergar um problema real no mercado e trazer pessoas certas para ajudá-lo a resolver.
Também aprendi que ter um time complementar faz toda a diferença. Sócios com habilidades diversas, mas que compartilham o mesmo propósito, são a base de um negócio forte.
Outro ponto essencial é buscar apoio estratégico. Captar investimento não é só sobre dinheiro, mas sobre encontrar parceiros que realmente acreditam na sua visão e podem abrir portas.
Por fim, resiliência é tudo. O sucesso não acontece de uma hora para outra; ele é construído aos poucos, enfrentando desafios com foco, determinação e propósito.”
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Divulgação Camila Achutti, fundadora da Mastertech
“Nós, mulheres, somos ensinadas a ter tudo sob controle antes de dar o próximo passo. Mas, na jornada empreendedora, você nunca estará 100% preparada – e isso é normal. Se você tem uma ideia transformadora, comece com o que tem hoje. O mundo precisa da sua visão única, mesmo que o caminho ainda não esteja totalmente mapeado.
Adoraria ter ouvido isso, porque quando a gente lê as biografias, parece que todo mundo nasceu para aquilo, principalmente os caras [risos]”
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Divulgação Renata França, cofundadora do Spa Renata França
“A minha maior conquista foi transformar a imagem de uma profissão. Mostrei que massagem é técnica, é ciência e é resultado. E se eu consegui, outras mulheres também podem transformar suas realidades.”
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Divulgação Isabela Matte, fundadora da edtech Imatize
“O maior risco para o seu futuro não é a sua concorrência, são as distrações que você insiste em manter na sua vida que te impedem de fazer o que você sabe que precisa fazer. Nós sempre estamos a uma decisão de mudar de vida. A próxima decisão é a mais importante que você vai ter que tomar. Sempre a próxima.”
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Divulgação Manoela Mitchell, cofundadora e CEO da Pipo Saúde
“Se eu pudesse dar um conselho para a Manoela do passado, eu diria: ‘Foque na sua própria trajetória, naquilo que você controla e repita como um mantra que a excelência leva tempo.'”
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Divulgação Carolina Kia, cofundadora da weme e bud
“A saúde mental dentro das organizações é um grande desafio, que custa à economia global cerca de US$ 1 trilhão por ano em produtividade perdida. Apesar dos vários programas projetados para combater essa questão, infelizmente eles não são eficazes. Isso porque as principais causas da falta de bem-estar nas organizações estão relacionadas à falta de clareza das prioridades, falta de autonomia, de colaboração e de suporte. Por isso, a minha dica é sobre a utilização de OKRs (objetivos e resultados chave). Ao criar uma estratégia clara e concisa, as equipes podem trabalhar juntas de forma eficaz para alcançar seus objetivos, enquanto os líderes podem fornecer suporte e orientação conforme necessário. Os OKRs são uma forma simples e colaborativa de definir as prioridades do time e acompanhar métricas que nos ajudam a saber se estamos na direção correta para alcançá-las, garantindo alinhamento e consequente autonomia das pessoas.”
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Divulgação Luanna Toniolo, fundadora da TROC
“Toda empreendedora se torna uma apaixonada pelo seu negócio, por isso é muito importante validar sua ideia antes de tirar do papel.
Quem é seu cliente ideal? O que ele busca? Quanto está disposto a pagar? Qual valor ele vê em você e no seu negócio
Como? Conversando com as pessoas!
Vá para a rua, café, chame amigos, monte formulários, pergunte muito sobre a opinião das pessoas e esteja aberta a ouvir a resposta delas de uma forma imparcial (muito importante, viu?).
Às vezes, temos uma ideia que faz sentido apenas para nós e criamos toda uma narrativa, desenvolvemos um produto, lançamos no mercado e depois de dedicar muito tempo em um projeto, ele não dá certo.
Se antes mesmo de desenvolver um produto ou serviço, validarmos com muitas opiniões, conseguimos construir de uma forma mais eficiente, com opiniões válidas e que façam sentido. Assim temos mais certeza de que as pessoas entenderão o valor do negócio.
Muitas empreendedoras não querem dividir sua ideia por receio que alguém as copie, mas eu realmente acredito que o potencial está na execução.
Sempre escuto das pessoas que elas também pensaram em abrir um brechó como a TROC, mas elas nao saíram do plano das ideias. No meu novo negócio, no POMS – educação por inspiração, comecei da mesma forma, com uma vasta pesquisa de mercado, dedicando muitas horas para conhecer o público alvo, suas dores e como posso auxiliar mulheres nesse processo de conhecimento.”
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Divulgação Helen Moraes, fundadora e CEO da HB Brasil Construtora e Incorporadora
“Prepare-se para superar as discriminações. Digo isso porque sou uma mulher preta, dona de construtora, um setor historicamente dominado por homens.
Preciso, todos os dias, enfrentar os desafios raciais e estéticos com coragem, principalmente o racismo estrutural de empresas e órgãos públicos.
Reconhecer as dificuldades que surgem em virtude desses obstáculos é importante para te preparar para o que está por vir, mas continuar perseguindo seus sonhos, mesmo quando o sistema parece rejeitar você ou colocar barreiras, é um ato de coragem. Queria ter escutado isso como conselho, mas aprendi na prática, e hoje quero encorajar outras mulheres.”
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Divulgação Juliana Binatti, cofundadora e CPO da Pismo
“Invista na sua inteligência emocional. É ela que vai te permitir superar os desafios que você não pode prever no seu plano de negócios.”
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Divulgação Nathalia Arcuri, fundadora da Me Poupe
“Uma das lições mais valiosas que aprendi ao longo do processo é que as fundadoras possuem uma conexão singular com o negócio. Essa conexão vai além da gestão e se traduz em uma visão estratégica diferenciada sobre o potencial da empresa, sua aplicação prática e, principalmente, o cuidado com o cliente. Isso não significa subestimar a importância de uma equipe dedicada e competente, que desempenha um papel essencial na execução e no crescimento sustentável do negócio. No entanto, as fundadoras têm uma perspectiva única que combina paixão, propósito e profundo entendimento das nuances do mercado e da proposta da empresa. É essa visão que permite alinhar as estratégias, preservar a essência da marca e garantir que o cliente receba sempre o melhor, reforçando a importância de liderar com clareza e proximidade.”
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Divulgação Marta Luconi, CEO e cofundadora da Central da Visão
“Se eu pudesse dar um conselho para empreendedoras escalarem seus negócios, eu diria para dedicarem tempo e energia para três iniciativas:
– definir os KPIs (indicadores-chave) para o negócio (no máximo sete) e acompanhar mensalmente.
* identificar o Pareto na geração de receita (quais são os 20% de fontes que geram 80% do faturamento).
* foco e consistência nas duas iniciativas acima.” -
Ana Isabel Carvalho Pinto, cofundadora do Icomm Group e Shop2gether
“Se você deseja empreender, comece com um propósito claro. O sucesso está em resolver problemas reais e agregar valor genuíno, indo além do produto ou serviço. É essencial oferecer uma experiência impecável, que comunique excelência e propósito.
Construa um time que complemente suas habilidades e cerque-se de pessoas cujas aptidões preencham as áreas necessárias para o crescimento do negócio. Estabeleça metas claras e flexíveis, confie na sua equipe para inovar e aprenda a delegar. Ainda assim, a presença ativa dos fundadores nas decisões estratégicas é fundamental para preservar a essência do negócio e agilizar processos.
Use ferramentas para automatizar, acompanhe inovações, mas mantenha o foco na visão estratégica e no impacto que deseja criar. E, acima de tudo, confie na sua intuição — ela será sua melhor guia para construir um legado com propósito.”
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Luiz F. Mendes Vivi Duarte, fundadora e CEO da Plano de Menina
“Nunca misture amizade com negócios e coloque sempre tudo no papel. Acordos sem contratos não existem. Seja minuciosa em detalhar os combinados de uma parceria, sociedade ou negociação.
Se precisar, pague as contas da pessoa jurídica com a receita da pessoa física, mas use esta jogada apenas para tomar um fôlego financeiro e por pouco tempo – sempre se organizando para que não vire uma bola de neve – ou você irá quebrar.
Não existem negócios sem relacionamentos fortes no mercado e sua área de atuação, portanto, invista em construir uma rede de contato forte e seja útil para as pessoas que estão nela, pois tudo é uma troca de favores e gentilezas. Não seja a pessoa que só pede e não agrega em nada. Construa sua marca e seu nome para além do CNPJ da sua empresa e avance.”
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Marcelo Spata Carla Sarni, fundadora e CEO do grupo Salus
“Eu sou, antes de tudo, dentista. Estudei em uma faculdade renomada e tive os melhores professores e mentores, no entanto, embora eu tenha tido acesso a um conhecimento técnico riquíssimo, eu gostaria muito que alguém, durante a graduação ou logo depois que eu peguei o diploma tivesse me dito: ‘Você precisa entender mais do que apenas boca e dente. Estude sobre negócios, aprenda sobre marketing, controle financeiro e gestão de pessoas, porque, independentemente do caminho que você trilhe a partir da sua formatura, essas áreas serão fundamentais para o seu crescimento e desenvolvimento profissional.’ As faculdades como um todo na área da saúde pecam nessa formação. Mais do que conhecimento técnico, é preciso que os profissionais saibam como vender seus talentos e capacidade de gerir seus negócios ou carreira.”
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Divulgação Roberta Sotomaior, cofundadora e CEO da Bloom Care
“Gostaria de ter escutado no começo da minha trajetória que as empresas de sucesso enfrentaram inúmeros momentos em que estavam à beira do fracasso — momentos que nunca viraram manchete. O dia a dia de qualquer negócio inovador é cheio de desafios e até mesmo fracassos. Celebramos muito a visão dos empreendedores, quanto capital levantaram ou quantos funcionários a empresa tem.
Mas talvez o mais importante seja o que realmente fez com que as empresas que admiramos hoje chegassem onde estão, como a resiliência e a mentalidade de lidar com os erros e seguir ajustando o caminho. Quando você entende que um erro do dia a dia ou um “não” que você recebe fazem parte do processo, você consegue usar a energia que talvez gastasse reclamando, se culpando ou desanimando para continuar construindo algo mais sólido. E isso não foi só uma conquista para a Bloom. Com o tempo, você percebe que não está apenas construindo um negócio — você está se construindo. Resiliência é uma habilidade que transforma não só a empresa, mas também a sua vida.”
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Rosangela Silva, fundadora da Negra Rosa
“Uma dica que me auxiliou muito ao longo da minha trajetória como empreendedora foi o fato de entender e conhecer bem o meu público-alvo. Essa forte conexão e contato próximo com minha comunidade me inspira e me ajuda a entender quais suas principais necessidades para criar produtos com base no desejo do público. Muitos dos acréscimos recentes no portfólio da marca vieram dessas demandas. A minha linha de skincare, por exemplo, é fruto desse diálogo com a comunidade. Os recém-lançados cremes hidratantes em tamanho família também nasceram de conversas em nossas redes. Tudo isso acaba reiterando o posicionamento da Negra Rosa: criada por mulheres negras para mulheres negras.”
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Divulgação Patrícia Lima, fundadora e CEO da Simple Organic
“Dentro da minha jornada como empreendedora, passei muito tempo analisando a questão da síndrome de impostora que nós, mulheres, em boa parte do tempo, vivemos. Me questionei muitas vezes ao longo dos anos e do meu processo todo se a minha gestão estava certa, se era o caminho correto, se eu estava fazendo bem, e é óbvio que a gente tem que questionar, mas a dúvida é algo que dá mais solidão dentro do empreendedorismo. A gente se sente mais sozinha, fica se questionando e se colocando em xeque.
Gostaria de ter aprendido antes que, cada empreendedor, cada empresário e cada CEO tem a sua forma de gestão e, para mim, teria sido muito mais leve o meu processo se eu tivesse aprendido isso lá atrás. Eu teria sofrido e me cobrado menos, porque sou apaixonada pela minha forma de gerir pessoas e pelo meu negócio e pela. Tenho a mesma essência lá do início, só que com mais preparo.
Hoje, eu me abraço muito e tenho certeza do caminho que eu tomei e dos valores que eu segui. Só consegui trazer a empresa que eu criei até aqui pela minha forma de gestão. Gostaria que outras mulheres tivessem essa certeza de que não existe um modelo fechado e que a gente tem que acreditar na nossa intuição, na nossa forma de olhar o mundo, de lidar com pessoas e de colocar nossos sonhos no papel.”
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Divulgação Raquel Virginia, fundadora e CEO da Nhaí!
“Empreender é lidar com contradições o tempo todo. Suportar essas contradições, enfrentá-las estrategicamente e seguir em frente é essencial para quem decide trilhar esse caminho.”
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Dhafyni Mendes, cofundadora do Todas Group
“Se eu pensar na minha trajetória, o aprendizado mais significativo seria: confie na sua intuição e estruture os riscos. Foram incontáveis os nãos que eu ouvi, sempre acompanhados de conselhos e direcionamentos que diziam ‘esse é um problema que não tem solução’, ‘nem tente fazer’. Mas eu não teria construído metade do que eu fiz se eu tivesse ouvido tudo isso. O meu conselho não é para você não ouvir o alerta de outras pessoas, principalmente pessoas que têm experiência na área, mas você deve se ouvir mais. Eu ouvi a minha intuição e estruturava as formas de minimizar os riscos, o que me dava segurança para eu poder confiar na minha intuição. E eu nunca me arrependi de ter confiado. Mesmo quando eu segui a minha intuição e não deu certo, eu aprendi naquele processo. Eu não conseguiria lidar com a sensação de ‘eu fiz o que me disseram para fazer, mas eu achava que deveria ter feito diferente’. No empreendedorismo, errar faz parte da jornada e o importante é aprender com aquele erro para ter erros novos.”
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Divulgação Alcione Albanesi, fundadora e presidente da ONG Amigos do Bem
“‘Volto atrás, sim, não tenho compromisso com o erro.’ Essa frase sempre me deu coragem para tomar minhas decisões e nunca desistir do que acredito.”
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Divulgação Yasmine McDougall Sterea, fundadora e CEO do ecossistema Free Free
“Nenhum sonho é impossível e nenhuma ideia inovadora é necessariamente ‘maluca’. Use sua intuição com responsabilidade e não tenha medo de julgamentos. Por ser algo novo e diferente, as pessoas podem estranhar. Mas o mundo não se transforma fazendo mais do mesmo. Saia da caixa e faça a sua história. Liberte-se de seus traumas e de suas dores, não para escondê-los, mas porque sua história é a sua força. Seja autêntica, tenha seus valores bem definidos e não dê ouvidos a quem só faz críticas. Não desista depois do primeiro ‘não’. Tudo aquilo que você sonha é possível. É preciso acreditar, aprender e fazer acontecer com resiliência. Você descobre quem realmente está ao seu lado nos momentos de auge e nas dificuldades. A jornada não é linear, e sua criatividade é o seu maior poder.”
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Divulgação Tatiana Monteiro de Barros, fundadora do UniãoBR
“Não pare diante dos desafios, busque caminhos alternativos. A persistência, resiliência, criatividade e coragem transformam tudo.”
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Divulgação Cammila Yochabell, fundadora e CEO da Jobecam
“Meus primeiros passos foram desafiadores; passei mais de dois anos sem apoio financeiro ou acelerações de negócios. Fui muito desacreditada no início e enfrentei altos e baixos, com mais baixos do que altos.
Ao longo do caminho, aprendi a importância de ouvir as pessoas candidatas e meus clientes, e estar aberta ao feedback. Isso me permitiu aprimorar continuamente a plataforma e oferecer uma experiência cada vez melhor.A jornada empreendedora não é fácil, mas a satisfação de ver pessoas de grupos subrepresentados conseguindo oportunidades de trabalho que realmente as inspiram faz tudo valer a pena. Acredito que o sucesso não é apenas medido por números, mas pelo impacto positivo que podemos causar na vida das pessoas.”
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Divulgação Corina Cunha e Gisele Violin, cofundadoras da Pink Cheeks
“Quando começamos a Pink Cheeks, aprendemos rapidamente que o universo esportivo traz lições valiosas para a jornada empreendedora: disciplina, resiliência e a busca constante pela superação. Esses princípios guiaram cada etapa do nosso negócio e reforçaram nossa determinação em criar soluções que realmente atendam às necessidades dos atletas e esportistas. A lição mais valiosa foi compreender que o caminho nem sempre é linear, mas que cada desafio se transforma em uma oportunidade de fortalecimento e evolução. Se pudéssemos dar uma dica, seria: confie no propósito da sua marca e ouça o seu consumidor. Eles são as maiores fontes de inspiração e crescimento.”
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Emily Ewell, CEO e cofundadora da Pantys
“Para pessoas que estão começando a empreender, creio que o mais importante é ouvir consumidores reais e não ter medo de críticas ou feedbacks neste processo. Acredito que isso impacta diretamente na garantia de um serviço ou produto diferenciado, já que, ao contar com perspectivas de pessoas que podem ser um público potencial, é possível garantir um aprendizado mais eficiente, proporcionando chances maiores de sucesso para o seu negócio. Ao falar sobre escalar, para mim, a dica mais importante é investir em desenvolvimento – seu e da equipe – uma vez que ao entrar nesta fase, podemos começar a delegar funções e nos tornar mais focadas no aprimoramento da equipe, que pode se tornar mais capacitada do que nós em muitos âmbitos. Assim, acredito que essa transição de liderança, mais focada em empoderamento e capacitação, é um excelente passo para a fase de expansão.”
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Luana Genót, CEO e fundadora do ID_BR
“O primeiro conselho de todos é: se permita errar no processo. Não se compare. Cada história é única, você vai construir a sua própria trajetória, com as suas vivências e aprendizados. E cada um deles vai te ajudar em situações de liderança. Uma segunda dica é: faça conexões! Você não precisa dar conta de tudo sozinha e as conexões nos ajudam a ir mais longe. Construa sua rede de apoio. Seja um time para quem pode delegar tarefas e atribuições ou pessoas da sua área de atuação com quem possa trocar ideias, é importante se manter conectada a pessoas. Uma terceira: reserve tempo para você e sua saúde mental, conexão com a sua fé, família e coisas que te fazem bem para além do trabalho. E outra seria: permita-se, ouça sua intuição e se autoconvide, mesmo quando não se sentir convidada. Às vezes, esperamos convites chegarem, mas muitas vezes o que precisamos é não pedir permissão e simplesmente ir e empurrar a porta.”
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Paula Hermanny, fundadora da ViX Paula Hermanny
“Dificuldades são, mesmo, oportunidades de crescimento. Abrace cada desafio como uma nova janela que se abre. E faça isso com serenidade e confiança na trajetória que te fez chegar até aquele ponto. Vai passar. E são essa experiências que apuram o olhar, sofisticam o repertório, lapidam o que a gente chama de talento e trazem as melhores conquistas.”
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Maytê Carvalho, especialista em comunicação, professora e autora best-seller
“Quando abri minha consultoria para marcas brasileiras nos Estados Unidos, algo que sempre digo para os meus clientes que eu aprendi na prática empreendendo é: nail to scale – o conceito descreve o processo de primeiro “acertar” (nail) um produto, serviço ou modelo de negócio em um mercado pequeno ou controlado antes de expandi-lo em grande escala (scale). Especialmente para internacionalização de uma marca. É preciso começar com um micro mercado, uma audiência nichada, testar hipóteses e aprender com as interações e somente aí expandir. Sem esse tipo de abordagem você não consegue isolar variáveis e entender o porquê de cada estratégia e sua força motriz. Outro ponto importante é entender que product market fit não é channel market fit. Primeiro você consolida produto e mercado, depois você testa canais, ou vai gastar verba de marketing à toa.”
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Cleusa Maria da Silva, fundadora da Sodiê Doces
“Empreendedorismo não é para deslumbrado. Tenha um plano sólido, mantenha a fé em si mesmo, seja flexível e persistente. Esses pilares sustentam um negócio próspero e permitem superar os altos e baixos com uma visão madura e determinada.”
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Geovana Quadros, fundadora da Plataforma Mulheres Inspiradoras
“Gostaria que alguém tivesse me dito sobre a importância do networking e dos relacionamentos de forma estratégica. Por trás de qualquer objetivo profissional, seja para iniciar um novo negócio, escalar, atingir metas, entre outros, esquecemos que existem pessoas. Saber se relacionar de forma estratégica, o famoso networking, para que cada parte possa ganhar, é essencial para que você construa algo sólido. Todos nós fazemos planejamento de negócios, colocamos metas numéricas e objetivos, mas quantos de nós montamos nosso ‘planejamento de relacionamentos’? Quais são as 5 pessoas que poderão te levar do ponto ‘a’ ao ‘b’? Como você pode se tornar importante para quem é importante para você? Ou montar seu próprio ‘conselho’ com pessoas que você possa contar e te guiem nessa jornada (uma mentora, uma pessoa que tenha muitas conexões, alguém que traga oportunidades na sua área, por exemplo). Desmistificar como nos relacionamos e entender que quando ajudamos as pessoas, elas também nos ajudam é o primeiro passo.”
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Divulgação Natalia Martins, dona da marca Natalia Beauty
“Se eu pudesse voltar no tempo e oferecer uma única dica para mim mesma no início da minha trajetória, seria: acredite em si mesma, mesmo quando ninguém mais acreditar. Empreender é um ato de coragem e fé, em que cada desafio enfrentado se torna uma ponte para o crescimento. O DNA do meu sucesso foi forjado em momentos em que o o medo e a incerteza coexistiam com a paixão e a determinação.
Me lembro de começar do zero, sem apoio financeiro e em um ambiente em que ninguém imaginava que eu poderia fazer diferente. Mas foi exatamente nessas horas, quando tudo parecia perdido, que encontrei minha maior força. Aprendi que o segredo para escalar um negócio não está apenas nas estratégias bem executadas, mas na resiliência de quem lidera. É sobre abraçar a vulnerabilidade, cometer erros, e, mais importante, aprender com eles sem desistir do processo.
O que faz uma empreendedora se destacar é sua capacidade de enxergar possibilidades onde outros veem barreiras. Coloque amor e autenticidade em tudo o que você fizer. Clientes, parceiros e colaboradores sentem essa energia e são atraídos por ela. Compartilhe sua história, inspire e construa sua marca com integridade. E acima de tudo, cultive a paciência, pois cada pequeno passo é uma conquista que fortalece a fundação do seu império.
Como digo sempre: se você pode sonhar, você pode realizar. Mas isso só acontece quando você acredita no processo, coloca paixão em cada detalhe e mantém a fé mesmo nos dias mais difíceis. A verdadeira conquista é aquela que reflete a sua essência e ilumina o caminho de quem está à sua volta.” -
Jaana Goeggel, cofundadora da Sororitê
“Saiba o ‘porquê’ do seu negócio. Entenda o propósito da sua startup além do lucro. Um propósito forte é a base para decisões e crescimento sustentável, além de servir de motivação em momentos difíceis. Fundadores que sabem o porquê por trás do que estão construindo atraem não só clientes, mas também investidores e parceiros que compartilham a mesma visão.
Aproveite sua rede: o sucesso não é uma jornada solitária. Encontre mentores, pares e investidores que compartilhem sua visão e possam te guiar nos momentos difíceis. Encontre a sua tribo e, se ela ainda não existe, construa!”
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Duda Franklin, CEO e cofundadora da Orby.co
“Algo que compreendi ao longo da minha jornada empreendedora é que não basta ter uma ideia inovadora para criar uma empresa de sucesso — é preciso estruturá-la com solidez e propósito. Quando fundamos a Orby.co, sabíamos que queríamos transformar vidas por meio da ciência e da tecnologia, mas aprendemos que o impacto só é possível quando há uma conexão clara entre o produto e as reais necessidades do mercado. Cada decisão é guiada pela nossa visão de liderar o mercado de neuroengenharia, não apenas redefinindo tratamentos para condições incapacitantes, mas estabelecendo novos padrões de eficiência. Nada disso seria possível sem um produto com alto valor agregado, tecnologias de ponta, processos bem estruturados e um planejamento financeiro e administrativo robusto, sempre focado em inovação. E, sobretudo, é fundamental cercar-se de parceiros estratégicos para expandir a operação de forma sustentável, além de ter a coragem de ajustar as estratégias quando necessário. Algo que aplicamos com frequência é o lema ‘errar rápido para acertar mais rápido ainda’. Isso nos permitiu aprender com agilidade para escalar com confiança. Empreender exige esforço, resiliência, muito estudo e coragem.”
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Ana Luiza McLaren, cofundadora do enjoei
“Precisa ser uma área em que a pessoa tenha muito interesse. Quanto mais interesse, maior a dedicação. E é preciso muita dedicação para começar qualquer coisa.”
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Divulgação Crisciane Rodrigues, presidente do Comitê de Líderes e ESG do Hinode Group
“Empreender exige determinação e visão clara. Para quem está iniciando, a chave é entender profundamente o propósito do negócio e manter-se firme nele. O estudo contínuo e a atualização constante são essenciais para acompanhar as mudanças do mercado e aplicar inovações com responsabilidade. Ética e compromisso sustentável fortalecem a base de qualquer projeto. Desenvolver uma rede de contatos e estar disposto a absorver novos conhecimentos faz a diferença. Integrar práticas de ESG desde o começo pode trazer um valor sustentável e competitivo. Empreender é criar algo duradouro, impactando positivamente o ambiente e a sociedade.”
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Amanda Cassou, cofundadora do Gallerist
“Foque primeiro em colocar sua ideia em prática e depois aprimorá-la com o tempo, sem medo de mudar sua estratégia inicial. Cerque-se de pessoas com habilidades complementares, que tragam bons insights para o negócio, mas que tenham os mesmos valores da empresa. Não subestime o poder do relacionamento e networking. Planeje-se e saiba aonde quer chegar, mas também fique atento às oportunidades que surgirem no caminho. Por fim, mantenha-se em movimento, entenda seus consumidores e o seu diferencial.”
Patricia Bonaldi, fundadora, CEO e diretora criativa da Patbo
“Confie no seu instinto, valorize a sua autenticidade e nunca subestime o poder do trabalho em equipe. Acredite na força da sua visão, mas esteja aberta a aprender constantemente. Enfrente os desafios como oportunidades de crescimento e lembre-se de que sua história única é o que diferencia o seu negócio. Acima de tudo, seja resiliente e tenha paixão pelo que faz, porque isso será o motor para superar qualquer obstáculo.”