A Academia de Hollywood anunciou nesta quinta-feira (23) os indicados ao Oscar 2025. A francesa Coralie Fargeat é a única mulher entre os cinco candidatos ao prêmio de melhor direção.
Em 2024, a também francesa Justine Triet foi a única indicada; em 2023, não houve nenhuma mulher entre os candidatos ao prêmio.
A cerimônia de entrega está marcada para o dia 2 de março e Fargeat pode ser a quarta diretora a levar um Oscar nessa categoria, pelo seu longa “A Substância” – também indicado em outras quatro categorias, entre elas melhor filme, roteiro original e atriz (Demi Moore).
A francesa também é a única diretora mulher entre os longas indicados à categoria principal, de melhor filme.
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“A Substância” acompanha uma celebridade que usa uma droga para criar uma versão muito mais jovem de si mesma após ser demitida da emissora onde trabalhava por etarismo.
O longa já rendeu à francesa o prêmio de melhor roteiro no Festival de Cinema de Cannes de 2024, além do Globo de Ouro de melhor atriz em musical ou comédia a Demi Moore, e da indicação de melhor direção a Coralie Fargeat. Também foi indicado nas categorias de melhor filme (musical ou comédia), melhor roteiro e melhor atriz coadjuvante (Margaret Qualley).
Mulheres no Oscar
Em quase um século de Oscar, cineastas mulheres concorreram ao prêmio de melhor direção nove vezes – Fargeat é a 10ª e Jane Campion foi indicada duas vezes – e três levaram a estatueta.
A cineasta norte-americana Kathryn Bigelow se tornou a primeira mulher a receber o Oscar de melhor direção, na 82ª edição da premiação, em 2010, por “Guerra ao Terror”, que também levou prêmios de melhor filme, com Bigelow na produção, e em outras quatro categorias.
Em 2021, a estatueta foi para Chloé Zhao, a segunda mulher a receber o Oscar na categoria e a primeira não-branca, por “Nomadland”, que também levou o maior prêmio da noite, o de melhor filme.
No ano seguinte, mais uma mulher foi premiada, a diretora neozelandesa Jane Campion por seu trabalho no filme “Ataque dos Cães”. Campion também foi a primeira mulher a receber duas indicações para o Oscar de melhor direção, sendo a primeira delas na 66ª edição da premiação, pelo filme “O Piano”.
A cineasta italiana Lina Wertmüller foi a primeira mulher indicada ao Oscar de melhor direção, na 49ª edição do prêmio, por “Pasqualino Sete Belezas”, mas não levou a estatueta.