Quem apostava que Demi Moore receberia uma das maiores chuvas de aplausos da noite no Globo de Ouro?
Certamente não Moore, que demonstrou surpresa ao ouvir seu nome ser anunciado como vencedora da categoria de Melhor Atriz em Filme Musical ou Comédia, pelo seu papel como protagonista de “A Substância”.
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O longa dirigido por Coralie Fargeat acompanha uma celebridade que usa uma droga para criar uma versão muito mais jovem de si mesma após ser demitida por etarismo.
Moore superou uma concorrência forte, incluindo Cynthia Erivo por “Wicked”, Mikey Madison por “Anora” e Karla Sofía Gascón por “Emilia Perez”. E seu discurso tocou o coração do público e foi ovacionado pelos colegas no Beverly Hilton Hotel, em Los Angeles, na noite do último domingo (5).
Primeiro prêmio de Demi Moore em 45 anos de carreira
Demi Moore disse que essa era “a primeira vez em 45 anos de carreira como atriz” que ela ganhava algo, e compartilhou uma história sobre uma conversa que abalou sua confiança, ocorrida décadas atrás.
“Há 30 anos, um produtor me disse que eu era uma atriz de filme de pipoca e, na época, interpretei isso como se eu não tivesse o direito de conquistar algo mais. Que eu poderia fazer filmes de sucesso e ganhar muito dinheiro, mas não poderia ser reconhecida… e eu acreditei nisso. E isso me corroeu com o tempo, a ponto de eu pensar, alguns anos atrás, que talvez já tivesse feito o que deveria fazer. E quando eu estava em um momento difícil, recebi um roteiro mágico, ousado, corajoso e absolutamente fora da caixa, chamado ‘A Substância’, e o universo me disse que eu ainda não estava pronta”, disse enquanto segurava a estatueta.
Moore agradeceu à diretora do filme, à sua co-estrela Margaret Qualley e a todos que estiveram ao seu lado durante a trajetória. “Todas as pessoas que me apoiaram, especialmente as que acreditaram em mim quando eu não acreditava em mim mesma.”
“Vou deixar vocês com uma coisa que acho que este filme transmite. Nesses momentos em que achamos que não somos inteligentes o suficiente, bonitos o suficiente, magros o suficiente, bem-sucedidos o suficiente ou basicamente ‘só não o suficiente’, uma mulher me disse: ‘Saiba que você nunca será o suficiente, mas pode entender o seu valor se simplesmente deixar de lado a régua de medidas.’”
*Cathy Applefeld Olson é colaboradora da Forbes US. Ela é uma jornalista de entretenimento com mais de 30 anos de experiência cobrindo música, televisão, cinema e cultura.