O Globo de Ouro, que acontece neste domingo (5) em Los Angeles, dá início à aguardada temporada das principais premiações do cinema e da TV. Neste ano, o Brasil está de volta aos holofotes, com o sucesso do longa “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles.
O filme concorre a prêmios nas categorias de Melhor Filme de Língua Não-Inglesa e Melhor Atriz em Filme Dramático, para Fernanda Torres.
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A competição é acirrada: na categoria de Melhor Filme de Língua Não-Inglesa, o brasileiro disputa com o favorito da noite, “Emilia Pérez“, além dos aclamados “Tudo Que Imaginamos Como Luz”, “The Seed of the Sacred Fig”, “A Garota da Agulha” e “Vermiglio.”
Já Fernanda Torres encara alguns dos maiores nomes de Hollywood na busca pelo Globo de Ouro inédito de Melhor Atriz em Filme Dramático para o Brasil. A artista compete pelo prêmio ao lado de Angelina Jolie, por “Maria Callas”, Nicole Kidman por “Babygirl”, Tilda Swinton, por “O Quarto ao Lado”, Kate Winslet, por “Lee”, e Pamela Anderson, por “The Last Showgirl.”
A brasileira reconhece o tamanho do desafio e considera que já é vitoriosa. “Há um certo engarrafamento no quesito de papéis femininos. Não sei se eu chego lá. Mas só de estar aqui é incrível. Estou tão feliz pelo filme que o que vier é lucro”, diz Fernanda Torres em entrevista à Forbes Brasil.
A atriz segue os passos de sua mãe, Fernanda Montenegro, que foi indicada nas mesmas categorias do prêmio em 1999 pelo filme “Central do Brasil”, também dirigido por Walter Salles. Na ocasião, a veterana perdeu para Cate Blanchett, por “Elizabeth”, mas levou o prêmio de Melhor Filme de Língua Não-Inglesa para casa.
Outros brasileiros já foram indicados à premiação, como Wagner Moura, que concorreu como melhor ator em série dramática por “Narcos”, em 2016, e Sônia Braga, que já foi indicada três vezes por papéis coadjuvantes nos filmes “O Beijo da Mulher Aranha” e “Luar Sobre o Parador” e na série “Amazônia em Chamas.”
“Ainda Estou Aqui” já venceu na categoria “Melhor Roteiro” no Festival de Veneza, após ser ovacionado em sua exibição e aplaudido por dez minutos, levou o “Prêmio do Público” do Festival Internacional de Cinema de Vancouver, com mais de 40 mil votos, e ganhou uma estatueta no Critics Choice Awards pela atuação de Fernanda Torres, entre outras vitórias.