A rede de laboratórios Fleury e a consultoria Deloitte estão entre os novos clientes do centro de inovação Onovolab, segundo fontes próximas das empresas revelaram à FORBES.
Instalado em um terreno de 21 mil metros quadrados de uma antiga tecelagem em São Carlos (SP), o centro utiliza a expertise de startups e da comunidade acadêmica local para projetos de inovação para clientes corporativos.
A Fleury iniciou projetos com o hub no interior neste mês e ainda não tem funcionários próprios trabalhando no local. Os projetos de open innovation são administrados à distância. A empresa tem intensificado o contato com startups como pilar central de sua estratégia de modernização e abriu seu próprio espaço de inovação, o Fleury Lab, em fevereiro deste ano.
A Deloitte, que fechou com o Onovolab na semana passada, terá um espaço físico no centro. É um caso de, como dizem os norte-americanos, “eat your own dog food”: a consultoria tem enfatizado a seus clientes o ponto de que parcerias com ecossistemas de inovação são cruciais para que organizações mantenham sua relevância no mercado e consigam competir na economia digital.
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Outras empresas que têm buscado expertise para seus projetos de inovação fora da capital e que mantêm espaços no Onovolab incluem a Roche, do setor de farmacêuticos, a administradora de cartões Elo, a Serasa Experian e a Movile, dona do iFood. Esta última inaugurou um hub no centro na semana passada, focado em projetos de inteligência artificial para o aplicativo de entrega de comida e para a Wavy, sua empresa de mensageria.
Projetado pelo arquiteto Sérgio Camargo, do escritório SCAA, com execução da OMMA Engenharia, o espaço no iFood em São Carlos teve um custo aproximado de US$ 1 milhão.
A Movile começou com uma presença modesta no Onovolab no ano passado e agora ocupa um espaço de 630 metros quadrados. O novo hub inclui um auditório para eventos e acomoda 120 pessoas. Há também a possibilidade de reconfigurar o espaço para acompanhar o crescimento da equipe local.
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Com a Universidade de São Paulo e a Universidade Federal de São Carlos formando anualmente 300 engenheiros da computação, São Carlos forma um PhD para cada 180 habitantes, mas a cidade sofria de uma fuga de cérebros para os grandes centros urbanos.
Um ecossistema local tem se fortalecido desde o início da década e, atualmente, a cidade abriga mais de 150 startups. Entre as maiores estão a Raccoon, de marketing digital, e a Arquivei, desenvolvedora de uma plataforma de monitoramento, gestão e inteligência de documentos fiscais.
Angelica Mari é jornalista especializada em inovação há 18 anos, com uma década de experiência em redações no Reino Unido e Estados Unidos. Colabora em inglês e português para publicações incluindo a FORBES (Estados Unidos e Brasil), BBC, The Guardian e outros.
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