A fintech Neon contratou um executivo de um de seus investidores para trabalhar com o alto escalão da empresa em ações estratégicas.
Travis Foxhall, ex-investidor da Quona Capital, está de malas prontas para se mudar para São Paulo, onde trabalhará com a startup paulistana a partir do mês que vem. Foxhall só aguarda seu visto de trabalho.
Sua função será a de chief of staff, ou chefe de equipe, e ele trabalhará diretamente com o fundador e CEO da empresa, Pedro Conrade, e o COO, Jean Sigrist.
A ideia é que o norte-americano comece trabalhando com Conrade e Sigrist em iniciativas estratégicas e projetos especiais e que posteriormente seja o gestor de todo um departamento ou unidade de negócio.
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A contratação de Foxhall, graduado com distinção em Yale em história e língua portuguesa e especialista no ecossistema de venture capital e tecnologia latino-americano, pode indicar ambições da Neon de iniciar sua cruzada internacional.
Além da própria Neon, o portfólio da Quona Capital, onde Foxhall trabalhou por três anos, inclui as startups brasileiras Creditas, Contabilizei, BizCapital e Exten, além da mexicana Konfio e da argentina Invoinet.
Além de seu novo trabalho no banco digital em São Paulo, Foxhall segue como conselheiro de crédito do fundo early-stage Arc Labs, com foco na América Latina.
Até agora, o portfolio da América Latina da Arc Labs se limita às fintechs mexicanas de crédito Credijusto e Creze, mas outras oportunidades devem ser identificadas na região, e particularmente no Brasil, com a vinda de Foxhall.
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Contratar chefes de equipe é uma tendência em ecossistemas de inovação em mercados desenvolvidos, e é um movimento que deve se intensificar no Brasil à medida em que as startups locais ganham escala.
A ideia do posto é apoiar fundadores atarefados, que não conseguem dar conta de todas as demandas que pedem participação executiva à medida em que a startup cresce.
Trata-se de um cargo de confiança, aderente a indivíduos sêniores com capacidade de execução. Essa última característica é importante, dada a variedade de tarefas que essa função pode englobar.
Em algumas startups, o chief of staff pode ser uma espécie de dublê dos executivos, como pode também ter de se envolver em atividades típicas de um assistente executivo.
Independentemente da roupagem, o propósito do cargo é aumentar consideravelmente a capacidade de execução e a produtividade do fundador da empresa.
Angelica Mari é jornalista especializada em inovação há 18 anos, com uma década de experiência em redações no Reino Unido e Estados Unidos. Colabora em inglês e português para publicações incluindo a FORBES (Estados Unidos e Brasil), BBC, The Guardian e outros.
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