Os investidores destinaram mais de US$ 53 bilhões a fintechs de todo o mundo em 2019 de acordo com um levantamento feito pela Accenture. Com os empresários encenando um ataque frontal às instituições financeiras seculares, mais dinheiro do que nunca está sendo destinado a bancos e seguradoras digitais.
Um exemplo disso é o MoneyLion, um “neobank” cujo aplicativo oferece não apenas contas correntes gratuitas, cartões de débito e adiantamentos de salário, mas também gerencia portfólios ETF (exchange-traded fund ou fundos de investimento negociados na Bolsa de Valores como se fosse uma ação). Com mais de 6 milhões de usuários, a startup faz sua primeira aparição na lista FORBES Fintech 50 na edição deste ano. Outro destaque é o Dave, um aplicativo de US$ 1 por mês cujos mais de 5 milhões de usuários recebem ajuda para aumentar sua pontuação de crédito, além de ter acesso a contas correntes sem valores mínimos ou taxas de cheque especial. Investidores, incluindo o bilionário Mark Cuban, já aportaram US$ 76 milhões no Dave, avaliado atualmente em US$ 1,2 bilhão.
No segmento das insurtechs, existem quatro novas empresas que merecem atenção, incluindo o Ethos, que usa tecnologia preditiva para definir os preços do seguro de vida em 10 minutos e verifica os dados dos potenciais clientes em seus registros médicos e de farmácia para sejam aprovados pelo plano de saúde sem a necessidade de exame médico. Investidores, incluindo empresas de capital de risco de Jay-Z, Robert Downey Jr., Kevin Durant e Will Smith, já destinaram US$ 107 milhões ao Ethos, que agora está avaliado em US$ 450 milhões, segundo o PitchBook.
No total, 19 empresas da lista deste ano – a quinta elaborada pela FORBES – são estreantes. Como fazemos desde a primeira, levamos em consideração startups com boas ideias, independentemente de seu tamanho. A Propel, por exemplo, recebeu apenas US$ 18 milhões em financiamento da Andreessen Horowitz e de Serena Williams, entre outros, e está avaliada em US$ 55 milhões. Mas seu aplicativo móvel, o Fresh EBT, já está permitindo que 2 milhões de destinatários de cupons de alimentação subsidiados verifiquem seus saldos e busquem empregos e serviços sociais. O fundador Jimmy Chen, 32 anos, cresceu em uma família de Kansas City que tinha problemas para colocar comida na mesa. Ele cursou Stanford e trabalhou no LinkedIn e no Facebook.
Enquanto novas fintechs surgem, as avaliações de empresas em estágio avançado aumentam: 13 das escolhidas da nova edição já valem mais de US$ 2 bilhões – no ano passado foram oito. Em 2019, a gigante de pagamentos Stripe viu seu valor subir de US$ 13 bilhões para US$ 35 bilhões – três vezes e meia o valor da segundo fintech mais valiosa, a Ripple. O banco digital Chime levou apenas nove meses para que sua avaliação passasse de US$ 1,3 bilhão para US$ 5,8 bilhões.
Há duas coisas, no entanto, que todas elas têm em comum: são empresas privadas com operações ou clientes nos Estados Unidos e estão facilitando, mais rapidamente e a um custo mais baixo, o acesso e o uso de serviços financeiros.
Veja, na tabela a seguir, as 50 fintechs da edição 2020:
Janet Novack e Jeff Kauflin, com reportagem de Michael del Castillo, Ashlea Ebeling, Antoine Gara, Sarah Hansen, Samantha Sharf, Kelly Anne Smith e Hank Tucker
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IBM entra na força-tarefa contra o coronavírus
Um dos aspectos essenciais para controlar a epidemia de coronavírus que está assustando o mundo e já matou quase 1.800 pessoas na China é acelerar as pesquisas, o desenvolvimento e o acesso ao tratamento com medicamentos eficazes. Integrantes da indústria, da área acadêmica e dos governos têm concentrado todos os seus esforços na busca de novas soluções antivirais.
Durante esse período, a IBM tem trabalhado em conjunto com instituições médicas e profissionais por meio do sistema IBM Clinical Development (ICD), uma solução unificada de captura de dados baseada em SaaS (Software as-a-Service) projetada para fornecer visibilidade de ponta a ponta, além de recursos de gerenciamento de pacientes, ambientes e ensaios clínicos. O ICD foi desenvolvido para reduzir o tempo e o custo dos ensaios clínicos.
A solução possibilita centralizar e organizar os detalhes dos ensaios clínicos, disponibilizar acesso 24/7 aos dados por meio de uma única URL a partir de qualquer dispositivo habilitado na web e fornecer uma plataforma de gerenciamento de dados flexível e escalável para ajudar a desenvolver e gerenciar esses testes. Os assinantes da área de Life Sciences têm utilizado o ICD para apoiar seu desenvolvimento clínico nos últimos sete anos.
Os objetivos da Big Blue para ajudar no combate à epidemia passam pelo fornecimento, gratuito, do sistema ICD para os novos ensaios clínicos elegíveis relacionados ao coronavírus na China e a disponibilização, também sem custo, de uma tecnologia comercialmente razoável para apoiar a construção de bancos de dados e o treinamento básico para o uso do sistema.
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iFood e Zee.Now juntos pelo mercado pet
O iFood anunciou uma parceria com a Zee.Now, braço de tech e varejo de pet shop do grupo Zee.Dog, que fornece rações, petiscos, tapetes higiênicos, areia sanitária, produtos de higiene e brinquedos para cães e gatos que, a partir de agora, poderão ser adquiridos pelo aplicativo. “Vamos ganhar agilidade e conseguir atingir mais pessoas a partir de agora”, diz Thadeu Diz, diretor criativo da Zee.Now. Inicialmente, a funcionalidade estará disponível nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro e os pedidos serão entregues em até uma hora.
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