Pelo segundo ano consecutivo, a Suvinil, marca de tintas da gigante BASF, vai abrir suas portas para o ecossistema de inovação. O programa da companhia, batizado de Fora da Lata, é conduzido em parceria com a Liga Ventures, aceleradora que conecta grandes empresas a startups para estimular o desenvolvimento de soluções inovadoras, firmar parcerias de valor e gerar transformações positivas para o mercado de tintas e está com as inscrições abertas até o dia 24.
“No ano passado, foram mais de 300 inscrições”, lembra Juliana Hosken, diretora de marketing da Suvinil. “E tivemos o cuidado de escolher projetos bem diversificados, que atendessem tanto às áreas funcionais da empresa, como marketing e suply chain, como os setores de vendas e produção, sem deixar de lado a sustentabilidade.”
A executiva explica que, com a reformulação da marca em 2018, um dos propósitos passou a ser a inovação e que isso faz parte do mindset dos colaboradores, incluindo a liderança. Segunda ela, essa postura, mais o atendimento a necessidades reais de áreas diversas e o envolvimento dos funcionários nos vários processos de estruturação do programa – desde a escolha do nome e da identidade visual até a definição dos temas –, criou o engajamento necessário para que a iniciativa se tornasse algo fixo no calendário de ações e na estratégia da empresa. “No ano passado, precisamos restringir a participação dos funcionários em algumas etapas, como a apresentação dos pitchs, porque todo mundo queria assistir.”
Juliana diz que as quatro selecionadas em 2019 estão em processo de implementação de seus projetos na companhia. A Residuall, por exemplo, especializada no gerenciamento de resíduos, foi a escolhida do tema sustentabilidade e está apoiando a Suvinil no aprimoramento de sua logística reversa, com o envolvimento de revendedores, operadores logísticos e outras startups. “Já fizemos uma prova de conceito e agora estamos analisando como combinar o programa a outros já existentes nessa indústria”, diz.
Já a Forsee, que atua no mercado de indústria 4.0, trabalhou com a empresa para criar um modelo de gestão suportado por inteligência artificial, big data e internet das coisas capaz de analisar todas as etapas do processo de manufatura, otimizar os recursos e aumentar a produtividade. “Essa solução já foi validada na fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, e chamou a atenção tanto das áreas produtivas da Suvinil, quanto da BASF, e até do time global”, conta Juliana.
A Pix Force, a terceira startup selecionada em 2019, apresentou uma solução que está diretamente relacionada ao consumidor final, uma vez que propôs, usando sua expertise em inteligência artificial aplicada à visão computacional, uma maneira de entender os problemas que a parede tem para, então, indicar o melhor processo de tratamento e pintura. “Quando estiver pronta, a ferramenta vai ajudar a atender melhor nossos clientes”, diz Juliana.
Por fim, a OnCase apresentou à Suvinil seu conhecimento em big data, business intelligence, analytics e inteligência artificial para o desenvolvimento de modelos preditivos de precificação, que ajudam a definir preços de maneira inteligente.
Neste ano, os 12 temas para as startups interessadas são analytics para logística, analytics para produção, customer experience, eficiência operacional, gestão de sell out, gestão de transporte, hunting de clientes, novos negócios “além da tinta”, otimização do processo de pintura, plataforma B2B para e-commerce, programa de fidelização e sustentabilidade e impactos positivos em tempos de Covid-19. Após o fim das inscrições, a Suvinil tem até o dia 25 de junho para fazer uma triagem, entendendo, de fato, quais projetos têm aderência ao desafio proposto. As startups que passarem nesse funil seguem para o pitch day, marcado para 30 de junho. No ano passado, por exemplo, foram 16 apresentações. Após essa etapa, quatro serão selecionadas, com base em critérios como sinergia com as propostas de negócios lançadas, inovação e criatividade.
Uma vez escolhidas, as startups começarão o programa de aceleração em agosto, com duração de quatro meses e mais de 20 horas de mentorias de profissionais da BASF, Suvinil e Liga Ventures, que atuarão na orientação da implantação dos projetos pilotos, no estabelecimento de metas e nos feedbacks.
“No ano passado, cerca de 150 pessoas da empresa se envolveram na iniciativa”, diz Juliana, explicando que não há injeção de recursos financeiros nas startups. “Pensamos muito sobre isso antes de lançar a iniciativa: se valia mais a pena fazer um aporte semente e correr o risco de não ter tanto engajamento em temas que realmente queremos acelerar ou se seria mais interessante apostar em projetos que realmente poderiam continuar conosco para além do programa”, explica a executivoa, contando que optaram pela segunda opção e estão satisfeitos com a escolha. “Nesse modelo, as startups terão todas as áreas do grupo à disposição, a oportunidade de fazer networking e de se tornar um parceiro do grupo na implementação de soluções inovadoras de maneira continuada.”
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