O governo federal acaba de anunciar o lançamento do Mapa de Empresas, uma plataforma gratuita que permite o acompanhamento da abertura e do fechamento de novos negócios por tipo de atividade e localização geográfica. O objetivo é que todos os públicos interessados tenham acesso a informações atualizadas e confiáveis. No caso dos empreendedores, por exemplo, a iniciativa poderá embasar o desenvolvimento de novos empreendimentos ou até ajudar a implementar mudanças de maneira a torná-los mais competitivos.
“O Mapa de Empresas permite a análise de mercados, concorrência, clientes e fornecedores por tipo de atividade econômica”, explica Paulo Uebel, secretário especial de desburocratização. “Criamos a ferramenta para impulsionar os negócios com dados precisos. Ainda mais neste momento crítico da Covid-19, devemos abrir todos os dados que subsidiem decisões dos empresários e do próprio governo sobre as oportunidades e desafios para empreender no país.”
Por meio do endereço https://www.gov.br/governodigital/pt-br/mapa-de-empresas é possível descobrir, por exemplo, que o tempo médio de abertura de novas empresas no país é de três dias e 16 horas. Ou que Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, registrou a abertura de 31 restaurantes e estabelecimentos similares em fevereiro deste ano. Ou, ainda, que a capital carioca ganhou 898 novos cabeleireiros, manicures e pedicures em janeiro.
A novidade faz parte da integração digital que vem sendo conduzida pela Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim), coordenada pela Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia em parceria com o Serpro, que reúne entidades representativas das 27 juntas comerciais, onde são registrados abertura, alterações e encerramento das empresas do país. Agora, esses dados regionalizados poderão ser obtidos de maneira mais ágil e com a possibilidade de cruzá-los de forma mais organizada.
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O secretário explica que, por meio dessa intersecção de informações, é possível elaborar, inclusive, políticas de incentivos mais assertivas, já que existe a chance de analisar quais atividades estão crescendo ou decaindo e se a concorrência é grande ou se falta opção por localização.
Atualmente, 18,29 milhões de estabelecimentos fazem parte da plataforma, divididos em dois painéis: tempo de abertura de empresas e quantidade de empresas. A atualização será mensal. “É uma maneira rápida de ter uma radiografia do mercado brasileiro, com dados sobre os negócios que facilitam insights para a tomada de decisão”, diz o presidente do Serpro, Caio Mario Paes de Andrade.
Informações extraídas da plataforma demonstram que o Brasil encerrou o 1º trimestre deste ano com um aumento de 14% no número de empresas ativas, o que significa 554.579 novos negócios. Foram abertas 846.957 empresas no período e fechadas 292.378. As atividades de maior crescimento foram: cabeleireiros, manicure e pedicure (com 45.397 empresas abertas); comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios (42.864); promoção de vendas (36.120); obras de alvenaria (29.929); e fornecimento de alimentos preparados para consumo domiciliar (23.383).
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