Na última quarta-feira (27), durante a Brazil at Silicon Valley, conferência online idealizada por estudantes brasileiros das universidades de Stanford e Berkeley, foram revelados os nomes das duas empresas vencedoras da Startup Battle contempladas na nova edição do Google for Startups Accelerator, programa de aceleração da gigante de tecnologia em território nacional.
A iniciativa, que começou em 2016 em três países – Brasil, Índia e Indonésia –, foi sendo aperfeiçoada ao longo dos anos para ganhar contornos mais regionais e novas vagas. No primeiro ano, seis startups brasileiras participaram, contra 10 em 2019. “Mais do que a quantidade, a principal diferença que temos observado é o nível de maturidade das candidatas”, explica Fernanda Caloi, gerente de programas do Google for Startups no Brasil.
A executiva conta que, no total, 13 pitches foram apresentados a um grupo diversificado de avaliadores, formado tanto por colaboradores do Google quanto por fundadores de startups dos mais variados setores. Uma das vencedoras foi a MOL – Mediação Online, plataforma criada em 2015 por Camilla Lopes e Melissa Gava para resolução, gestão e prevenção de conflitos, para pessoas físicas, empresas e instituições, que já solucionou mais de 54 mil casos com 30 vezes mais agilidade e custos 50% menores. No fim do ano passado, a startup levantou R$ 14 milhões em um aporte liderado pelos fundos Redpoint e.ventures e Canary. A segunda vaga ficou com a Telavita, plataforma de psicoterapia online que conecta profissionais de saúde a pacientes de todo país. De acordo com Fernanda, ambas têm alto potencial de escalabilidade no atual cenário de crise causada pela pandemia de Covid-19.
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A partir de agora, ambas farão parte de uma agenda de quatro meses que inclui, no primeiro mês, uma análise dos caminhos mais viáveis para seu desenvolvimento. Em seguida, participarão de mentorias totalmente customizadas para suas necessidades, além de contar com suporte e ferramentas e até US$ 100 mil em créditos de produtos em nuvem, estabelecidos de acordo com alguns critérios.
Rodrigo Carraresi, gerente do Google for Startups Accelerator no Brasil, lembra que, nos últimos cinco anos, o volume de dinheiro investido em startups na América Latina vem dobrando ano a ano. No ano passado, foram US$ 4,6 bilhões, contra US$ 2 bilhões em 2018, segundo relatório da Associação para Investimento de Capital Privado da América Latina (Lavca). Desse total, o Brasil é responsável pela captação de 58%. “Isso significa que o país está acompanhando o ritmo”, diz ele, lembrando que já passaram pelo programa do Google empresas como Nubank, Loggi, Zap, Loft, Hand Talk e Portal Telemedicina, cujo cofundador, Rafael Figueroa, é hoje um dos principais mentores em inteligência artificial da iniciativa.
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