O Impactando Vidas Pretas, projeto de apoio emergencial a pessoas negras em situação de vulnerabilidade socioeconômica na pandemia liderado pelo Movimento Black Money, ganhou as ruas e um patrocínio da B3 para impulsionar sua nova fase.
O apoio da B3, de R$ 500 mil, foi fechado no final de julho. O patrocínio vai quase que quadruplicar o alcance do projeto em relação ao número de famílias beneficiadas. Os valores fornecidos bem como o tempo de auxílio também serão aumentados.
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A atual fase inicial do projeto – que está sendo realizada com cerca de R$ 60 mil em doações feitas por pessoas físicas e apoio da Fundação Tide Setubal através da campanha no matchfunding Enfrente, realizada no site Benfeitoria – termina em setembro e tem 80 contemplados, entre mães solo e afroempreendedores, que receberão R$ 320 por dois meses.
Com o apoio da B3 somado às doações de pessoas físicas que totalizaram R$ 160mil na segunda fase da campanha, a iniciativa deve alcançar mais de 400 pessoas, que receberão R$ 600 por três meses. Esta fase deve ter início entre o final de agosto e setembro.
Segundo o cofundador do MBM, Alan Soares, a segunda fase aproveitará o feedback das experiências acumuladas no início do projeto: “Optamos por errar fazendo: afinal, as pessoas estavam sem dinheiro para comprar comida. Agora já temos muitos aprendizados, que vamos aplicar na próxima fase”, ressalta.
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Buscar mais parceiros locais para identificar e apoiar beneficiados, em particular nas cidades fora das capitais do Sudeste, é uma das prioridades atuais do projeto. Segundo Soares, isso é crucial, já que estes locais concentram um número significativamente menor de ações de enfrentamento à pandemia e que muitos dos potenciais beneficiários podem ser digitalmente excluídos.
“A maioria [das pessoas beneficiadas na primeira fase] está acompanhando o Movimento Black Money nos canais digitais, ao passo que indivíduos que estão abaixo da linha da miséria não têm acesso à internet”, aponta. Através da colaboração na rede do MBM, o projeto já garantiu parceiros de base em Salvador e Olinda.
Os contemplados pela iniciativa estão recebendo o cartões de débito recarregável do D’Black Bank, banco digital focado na população afrodescendente liderado por Soares e Nina Silva, que é CEO do MBM e foi eleita uma das mulheres mais poderosas do Brasil pela Forbes em 2019.
“Para muitos [dos contemplados] o cartão funciona como uma inclusão financeira”, diz Soares. Na nova fase do projeto, beneficiados que não estejam no sistema financeiro ou que não tenham acesso à internet terão o apoio de líderes comunitários parceiros, que entregarão os cartões e poderão dar orientações sobre a utilização.
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