A operação da startup de hotéis OYO na América Latina será administrada em parceria com seu maior investidor, o SoftBank Latam Fund.
A confirmação segue o anúncio, no início do mês, de uma joint venture entre as duas empresas que controlará todos os hotéis da região. Detentor de 46% na rede hoteleira, o SoftBank usar vai parte de seu fundo de US$ 5 bilhões na América Latina para investir na empresa recém-formada, chamada Oyo Latam, que assumirá 1 mil hotéis no Brasil e no México.
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Em entrevista à Reuters em 4 de setembro, um representante da OYO disse que a startup é uma “empresa com administração própria e dirigida por um conselho”, portanto com autonomia para tomar suas próprias decisões.
“Qualquer descrição de que a Oyo está sendo administrada, ou de que há qualquer ‘supervisão adicional’ (formal ou informal) ou de outra forma, é apenas especulação da mídia e completamente falsa”, disse o porta-voz à época.
Em nota divulgada pela OYO hoje (17), a empresa fundada pelo indiano Ritesh Agarwal confirma que a gestão na América Latina ficará à cargo do fundo, mas evita descrever isso como uma intervenção no negócio, que sofreu um duro golpe com a redução do turismo causada pela Covid-19. Segundo a startup, trata-se de uma “aliança estratégica,” cujo objetivo é “fortalecer a proposta de valor na região”.
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“Essa é uma evolução natural da parceria de longa data das empresas e promove a definição de objetivos claros e focados no desenvolvimento da rede na América Latina. A OYO Latam será administrada em conjunto pela OYO e SoftBank, permitindo uma tomada de decisão mais rápida e recursos dedicados à experiência do hóspede e do [hotel] parceiro,” aponta.
Ralf Wenzel, managing partner do SoftBank, vai assumir a função para a América Latina. Segundo a OYO, a estrutura da gestão da empresa no Brasil, liderada por Weaver, permanece inalterada no contexto da parceria.
A OYO ressalta que a América Latina é uma das regiões de maior performance para a startup no mundo. A nota cita números históricos, como os mais de 2 milhões de hóspedes e os mais de 1 mil hotéis que vem operando no Brasil e no México desde o ano passado.
Porém, a operação mudou consideravelmente desde então: atualmente, a empresa opera cerca de 450 hotéis no Brasil, e precisou demitir mais de 500 pessoas por aqui entre março e abril deste ano, ficando com um quadro de 140 profissionais.
Em entrevista à Forbes em junho deste ano, Weaver falou sobre a adaptação da empresa aos novos tempos, bem como mudanças no caso de uso de hotéis e lançamentos previstos. O executivo falou sobre a mudança no modelo de operação no Brasil da empresa, que passou a focar em hotéis próximos dos grandes centros urbanos e explorar outras fontes de receita como aluguel de quartos para pessoas cumprindo o isolamento, bem como empresas que utilizam as instalações como local de trabalho.
“Já fizemos os ajustes que tinham que ser feitos e agora estamos preparados para o futuro, enxergamos muita coisa impactante para fazer. Estamos aproveitando esse tempo para nos organizar, revisar alguns processos e garantir que estamos em nossa melhor forma para essa retomada que vai acontecer nos próximos meses”, disse o executivo à época.
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