A Baidu, uma das maiores empresas de internet da China, confirmou na última segunda-feira (11), uma notícia recente de que começaria a produzir veículos elétricos em parceria com o Zhejiang Geely Holding Group.
A companhia de tecnologia fornecerá recursos de direção inteligente e a Geely ficará focada no design e na fabricação de veículos. O acordo reúne dois dos bilionários mais ricos da China: Li Shufu, presidente da Geely, e Robin Li, CEO da Baidu.
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“Na Baidu, há muito, acreditamos no futuro da direção inteligente e, na última década, investimos pesadamente em inteligência artificial para construir um portfólio de serviços de direção autônoma de classe mundial”, disse Robin Li em um comunicado. “A China se tornou o maior mercado de veículos elétricos do mundo e estamos vendo os consumidores exigindo que os veículos da próxima geração sejam mais inteligentes.”
“Como uma das principais montadoras chinesas com alcance global, a Geely tem experiência e recursos exclusivos para projetar, produzir e comercializar automóveis com eficiência energética, confiáveis e seguros em grande escala”, diz o CEO. “Combinando a experiência da Baidu em transporte inteligente, veículos conectados e direção autônoma com a experiência da Geely como fabricante líder de automóveis e EV, a nova parceria abrirá caminho para automóveis do futuro.”
Uma nova empresa operará como uma subsidiária independente da Baidu e supervisionará toda a cadeia industrial, desde o design dos veículos até a pesquisa e o desenvolvimento para criá-los, bem como fabricação, vendas e serviços, disse a empresa de tecnologia.
As ações da Baidu negociadas pela Nasdaq dispararam 15,6%, para uma alta de US$ 240,25 na sexta-feira (8), quando uma reportagem da Reuters revelou a parceria com a Geely. A empresa é mais conhecida por seu mecanismo de pesquisa, mas também é líder em sistemas de direção autônoma na China.
As ações da Geely Automobile Holdings, uma das maiores marcas locais de automóveis de passageiros da China, dispararam 19,6% em Hong Kong na sexta-feira, fechando em um recorde de US$ 4,2893. A Geely Automobile Holdings, em uma declaração no início da semana, esclareceu que sua empresa listada em Hong Kong não faz parte do acordo com a Baidu. Geely Holding detém apenas 40,9% da Geely Automobile.
As ações da Baidu subiram no dia em que as ações da Telsa tiveram alta de 7,8%, para US$ 880,02.
A China é o maior mercado automotivo do mundo. Sua economia se recuperou da gigante crise de Covid-19 no início deste ano e as ações das montadoras chinesas –que visam o pequeno, mas crescente mercado de EVs– dispararam no início de 2021. A Nio, startup chinesa de carros autônomos, subiu 8,6% na sexta-feira –antes do anúncio de um novo produto no sábado– para um recorde de US$ 58,92. O ganho avaliou a empresa com sede em Xangai em US$ 92 bilhões. A título de comparação, a GM valia US$ 61 bilhões e a Ford US$ 36 bilhões ao final das negociações de ações.
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Para não ficar de fora do frenesi de ações e riqueza, as ações da BYD, apoiada por Warren Buffet, um dos primeiros fabricantes de EV da China, subiram para 2% em Hong Kong na sexta-feira para um recorde de US$ 30,986. Isso deu ao presidente da BYD, Wang Chuanfu, uma fortuna avaliada em quase US$ 19 bilhões. O presidente da Nio, William Li, vale US$ 8 bilhões, o presidente da XPeng, He Xiaopeng, quase US$ 9 bilhões, e o presidente da Li Auto, Li Xiang, US$ 6 bilhões. O chairman da Geely é o bilionário automotivo mais rico da China, com uma fortuna de quase US$ 24 bilhões.
A fortuna de Robin Li, combinada com a de sua esposa e executiva do Baidu, Melissa Ma, valiam US$ 17 bilhões no fechamento da última semana. A China abriga o maior número de bilionários do mundo, depois dos Estados Unidos.
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