A Skydio, uma startup de drones cofundada por ex-cientistas de aeronaves não tripuladas do MIT e do Google, se tornou o mais recente membro do clube de unicórnios com negócios avaliados em US$ 1 bilhão. A conquista vem depois de uma rodada da Série D de US$ 170 milhões, liderada por Andreessen Horowitz, elevando o financiamento total da empresa para US$ 340 milhões.
Com sede em Redwood City, na Califórnia, a Skydio construiu sua reputação tanto como líder em voos autônomos com seus pequenos drones de US$ 999 quanto como alternativa ao DJI, líder da indústria de US$ 15 bilhões. A startup vende não apenas para consumidores, mas também para empresas de infraestrutura, busca e resgate, militares e policiais. Entre seus clientes conhecidos publicamente estão o Exército dos Estados Unidos, o órgão de Gestão de Repressão a Drogas, várias agências policiais locais, o Departamento de Transporte da Carolina do Norte e o que eles chamam de “o maior negócio de drones corporativos de todos os tempos”, com a EagleView para inspeção de telhados residenciais.
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Fundada em 2014, a Skydio lançou seu primeiro dispositivo em 2017, com o segundo saindo em 2020. O X2, um drone mais avançado e caro projetado para uso empresarial e militar, será lançado este ano. Ele conta com uma câmera térmica e a capacidade de ver no escuro, que os modelos anteriores não apresentavam. Seu marco mais significativo neste ano ocorreu quando o dispositivo foi escolhido para o Programa de Reconhecimento de Curto Alcance do Exército, indicando que será um dos principais fornecedores para essas missões de vigilância militar.
“Autonomia é a chave para que os drones alcancem escala, e a Skydio se consolidou como a empresa definidora nessa categoria. Estamos entusiasmados em continuar a investir nesta combinação mágica de tecnologia inovadora, crescimento rápido e uma equipe incrível em um mercado que está passando por um ponto de inflexão”, afirma David Ulevitch, sócio geral da Andreessen Horowitz. (De acordo com um arquivamento da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês) do final de fevereiro, a Skydio arrecadou US$ 96 milhões da rodada de US$ 170 milhões até agora.)
Conforme clientes do governo federal, alguns departamentos de polícia locais e outras empresas se afastam da DJI devido a temores sobre suas origens chinesas, a Skydio está se lançando para preencher o vazio que está por vir. A DJI nega que forneça vídeos de usuários ou outro conteúdo ao governo chinês. Em dezembro, a DJI foi incluída na lista de entidades do Departamento de Comércio que proíbe as empresas dos EUA de enviar tecnologia para os negócios chineses, sob alegações de que ajudava na vigilância das comunidades uigures na província de Xinjiang. A DJI disse que não fez nada para ser incluído na lista.
“Estamos provando que uma empresa dos Estados Unidos pode liderar esse setor por meio de IA e autonomia. As coisas já estão muito empolgantes, mas estamos apenas arranhando a superfície do que os drones autônomos podem fazer”, disse Adam Bry, CEO e cofundador da Skydio.
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