O Olist, plataforma que oferece soluções voltadas ao lojista que quer digitalizar seu negócio, anunciou o recebimento de aporte de US$ 23 milhões como uma extensão da sua já anunciada série D, que ocorreu em novembro do ano passado, no valor de US$ 57 milhões. O novo investimento é liderado, desta vez, pelo banco Goldman Sachs e o fundo Redpoint eventures, totalizando US$ 80 milhões em recursos. O valor de mercado, no entanto, não foi divulgado.
Em operação desde 2015, o Olist já recebeu mais de US$ 113 milhões em investimentos. Com a nova rodada e mais dinheiro no caixa, a perspectiva é focar em um “tripé de prioridades”, como conta o CEO e fundador da empresa, Tiago Dalvi. “Vamos investir em uma tríade: o nosso ecossistema de soluções para o lojista; fusões e aquisições para acelerar este ecossistema; e internacionalização para ampliar impacto”, afirma. “O aporte veio para fortalecer cada um desses elementos.”
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O desenvolvimento de novas soluções para o lojista continua como o cerne do Olist, apesar das ambições de operar no exterior e adquirir novas empresas. “Com o passar do tempo, a gente percebe que a dor do comerciante é muito maior do que apenas vender em um marketplace”, afirma Dalvi. “Por isso, construir um ecossistema de soluções se tornou muito relevante para nós.” Nos últimos anos, a empresa desenvolveu verticais de negócios para a criação de lojas online, concessão de crédito e integração logística.
INTERNACIONALIZAÇÃO
A expansão internacional do Olist começou no ano passado, quando a empresa lançou o Olist Shops, que permite ao lojista criar sua própria loja virtual sem vínculo com marketplaces. A ferramenta, que possui gestão de catálogo e integração com soluções logísticas e financeiras, teve números promissores no ano passado, chegando a 200 mil usuários em mais de 180 países.
Com o bom desempenho do Shops, o Olist pensa em levar sua solução principal, o Store, que integra marketplaces, como Mercado Livre e B2W, em uma única plataforma, para outros países também. “O Shops já nasceu como uma plataforma global”, afirma Dalvi. “Nós também temos intenção de levar nossos outros produtos para outros países.” Segundo ele, até o final deste trimestre, que se encerra em junho, a companhia deve atuar nesta frente.
O executivo, no entanto, explica que a operação internacional não é a prioridade atual. “O Brasil continua relevante e é a nossa estratégia principal [de crescimento]”, afirma. No caso do Shops, ele exemplifica, mais de 50% dos usuários que entram na plataforma são brasileiros, embora a plataforma também tenha força nos Estados Unidos, México e Peru.
FUSÕES E AQUISIÇÕES
Após o aporte de US$ 57 milhões anunciado em novembro do ano passado, o Olist iniciou um processo de aquisições de empresas que possuem aderência ao seu negócio principal. Em novembro, foi efetuada a primeira compra: a Clickspace, empresa especializada no desenvolvimento de aplicações para gestão do e-commerce. Logo em seguida, a segunda transação teve a Pax Logística como alvo, startup com soluções para o setor de entrega de encomendas.
Para Dalvi, muitas outras aquisições estão por vir, principalmente agora, depois do novo aporte. “Olhamos para os M&As como uma forma de acelerar o ecossistema de soluções que criamos para o lojista”, afirma. “[Procuramos investir em verticais] onde não conseguimos criar soluções no ritmo adequado para o negócio.” Para ele, os principais segmentos, que possuem convergência com o Olist, são empresas que criam aplicações de gestão de estoque, desenvolvem ferramentas para e-commerce e oferecem serviços financeiros.
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