A Globo e o Google Cloud anunciaram hoje (7) uma parceria estratégica com foco em inovação que, segundo as duas empresas, é pioneiro no Brasil. Pela primeira vez em sua história, o braço de produtos e serviços de computação em nuvem do gigante de tecnologia, que já atendeu empresas como Magazine Luiza, Natura e o Banco BV com sua tecnologia de inteligência artificial, machine learning e hospedagem, estabeleceu um acordo de longo prazo com uma grande emissora de televisão.
A cooperação tecnológica prevê uma transformação em, pelo menos, três frentes de negócio do conglomerado de mídia brasileiro: a otimização de processos de produção, edição, transmissão e distribuição de novelas, programas esportivos e reality shows; a digitalização da infraestrutura de servidores voltados aos produtos digitais da Globo; e a criação de uma aplicação para a Android TV, sistema operacional presente em alguns televisores inteligentes.
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O diretor de estratégia e tecnologia da emissora, Raymundo Barros, acredita que o acordo acelerará o processo de transformação digital da empresa e tornará o ingresso na chamada “economia digital” mais produtivo. “Essa parceria nos dá um acesso privilegiado a um conjunto de competências do Google Cloud”, diz. “A maneira certa de operar nesse ambiente digital é estar junto a um parceiro relevante, capaz de nos apoiar nessa jornada de crescimento.”
Para o presidente do Google Cloud na América Latina, Eduardo Lopez, a parceria com a Globo será capaz de agregar valor e aprendizados para a gigante de tecnologia. “Não é apenas um acordo de fornecimento de tecnologia, mas sim uma cooperação de inovação”, afirma. “Vamos trabalhar juntos, durante sete anos, para gerar novos projetos e levar novas soluções ao mercado.” Segundo ele, o objetivo é encontrar formas de monetizar os serviços do conglomerado de mídia, ao mesmo tempo que acelera o seu processo de transformação digital.
O ACORDO
Em um primeiro momento, a parceria entre Globo e Google Cloud permitirá que 100% do data center da emissora voltado aos produtos digitais, como, por exemplo, a Globoplay, seja transportado para a nuvem. Com este processo, segundo Barros, o conjunto de servidores, que fica na zona oeste do Rio de Janeiro, aumentará a elasticidade do poder computacional exigido para o tipo de serviço prestado. Junto a essa mudança, o acervo de novelas e transmissões esportivas também será digitalizado e armazenado na nuvem.
Além desta movimentação, o acordo prevê a utilização dos serviços do Google Cloud para otimizar e digitalizar os processos de produção, edição e distribuição de conteúdo da Globo, tais como as novelas e os programas jornalísticos da empresa. “Já percebemos que, para muitas das coisas que fazemos hoje com estrutura própria, a nuvem pública tem maturidade, recursos e soluções que permitem uma execução rápida e econômica”, afirma Barros. Como exemplo, o diretor cita que há pelo menos 600 funcionários de pós-produção e edição trabalhando remotamente graças a essa nova infraestrutura.
Outra frente de cooperação será no desenvolvimento de novos produtos e serviços. O primeiro projeto de inovação entre as duas companhias será a criação de uma integração entre a Globoplay e a Android TV, sistema operacional desenvolvido pelo Google para televisores inteligentes. A proposta é que o telespectador consiga transitar entre o canal na televisão aberta e o aplicativo de maneira fluida, sem interrupções.
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