Um ano depois de sofrer o maior revés de sua história, o aplicativo de locação e aluguel de hospedagens Airbnb está pronto para dar o próximo passo na retomada do turismo. Em meio ao ritmo acelerado de vacinação nos Estados Unidos e na Europa, a plataforma aposta em tendências que acompanhou ao longo do último ano de restrições a viagens e aglomerações. Como parte de seu plano, a empresa anunciou hoje (24) um “pacotão” de mais de 100 atualizações.
Com 285 milhões de norte-americanos e 322 milhões de europeus já vacinados com, pelo menos, a primeira dose, de acordo com o banco de dados Our World in Data, o turismo começa a vislumbrar ventos mais favoráveis. “As pessoas estão sendo imunizadas e as restrições estão diminuindo, então as viagens vão voltar logo”, diz o cofundador e CEO do Airbnb, Brian Chesky. “Presenciaremos a maior retomada em séculos no setor de turismo, mas vai ser algo totalmente diferente do que já vimos.”
Como parte dessa aposta em um futuro totalmente diferente, Chesky revelou que boa parte dos anúncios feitos hoje é voltada para melhorar a experiência dos anfitriões e dos viajantes, mas a visão da empresa está em um só lugar: levar mais flexibilidade de escolha aos usuários.
A partir de junho, os norte-americanos poderão testar a função “I’m flexible” (eu sou flexível, em português), que permite afunilar ou expandir as opções de reserva de acordo com o filtro escolhido. Nessa nova opção de busca, os usuários da plataforma poderão escolher três tipos de filtros, todos com vistas à flexibilidade: datas, critérios e destinos.
Na alternativa de datas flexíveis, o usuário consegue determinar um período de viagem, com variações de dias, semanas ou meses em vez de dias fixos. Já nos critérios flexíveis, é possível escolher particularidades da hospedagem, como Wi-Fi, vaga para carro ou número de banheiros, e a plataforma trará uma seleção de destinos que cobrem a maioria desses critérios, ampliando o leque de opções. Por fim, em destinos flexíveis, o usuário escolhe o tipo de acomodação que deseja e recebe recomendações de diversos locais próximos que atendam ao pedido.
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Para Chesky, a pandemia de Covid-19 impôs fortes mudanças ao estilo de vida e à maneira de viajar das pessoas. “Com a adoção do trabalho remoto, muita gente encontrou uma nova forma de flexibilidade para suas viagens”, afirma. “As pessoas podem viajar quando quiserem, para onde quiserem, por quanto tempo quiserem.” Segundo a companhia, essas tendências foram observadas no comportamento de seus mais de 900 milhões de usuários no ano passado.
Para sobreviver durante a crise sanitária, o Airbnb demitiu 1.900 funcionários em maio do ano passado, um corte de aproximadamente 25% do quadro de colaboradores na época. Também reduziu custos operacionais, principalmente os de marketing, e salários de executivos. A empresa comandada por Chesky levantou, ainda, recursos para ter reserva financeira: foram mais de US$ 2 bilhões em financiamento captados ao longo de 2020.
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