Em meio a uma onda de ataques cibernéticos a instituições e empresas – como ocorreu recentemente, por exemplo, com o Grupo Fleury -, a PSafe, unidade de cibersegurança do CyberLabs Group, em parceria com a seguradora global AIG, passará a oferecer um seguro contra ataques de ransonware. Nessa categoria de investida, os cibercriminosos encontram falhas de segurança nos sistemas de informação das companhias, bloqueiam todos os acessos e exigem uma compensação financeira para liberá-los.
O seguro oferecido pelas empresas não terá custo adicional para os clientes corporativos que utilizam a solução “dfndr enterprise”, da PSafe, em mais de 300 tipos de dispositivos diferentes, como computadores e smartphones. Quando ativa, a ferramenta monitora vulnerabilidades em sistemas de informação, assim como realiza predições para bloquear ataques cibernéticos. O valor segurado é de R$ 1 mil por aparelho protegido, com limite de R$ 1 milhão por companhia a cada incidente.
VEJA TAMBÉM: 6 ataques de cibersegurança com resgate em criptomoedas
O CEO da PSafe e presidente da CyberLabs Group, Marco DeMello, diz que o modelo de trabalho remoto tornou os incidentes de cibersegurança mais recorrentes durante o último ano. “Antes [da pandemia de Covid-19], as empresas lidavam com a cibersegurança de um único escritório”, afirma. “Do dia para a noite, com várias pessoas trabalhando em casa, agora essas companhias precisam gerenciar a privacidade dos dados em 100, 200 escritórios simultaneamente. É humanamente impossível fazer isso sem tecnologia.”
Segundo um estudo realizado pela empresa de pesquisa Cybersecurity Ventures, ataques cibernéticos devem custar US$ 20 bilhões (R$ 100 bilhões) para empresas no mundo durante 2021. O levantamento também indica que, a cada 11 segundos, um ataque é realizado ao redor do globo. No Brasil, em 2020, o caso mais emblemático desse tipo de imbróglio de segurança digital ocorreu com o STJ (Superior Tribunal de Justiça), quando um ransonware criptografou os dados da instituição e hackers exigiram o pagamento de resgate para liberar as informações.
Para DeMello, quando empresas e instituições sofrem ataques de ransomware, o impedimento de acessar os dados e sistemas é apenas uma parte do problema. “As vítimas também são impedidas de continuar operando e executando suas atividades, sem contar o prejuízo de reputação perante consumidores e parceiros de negócios”, afirma. O executivo também diz que a contratação de especialistas e consultores jurídicos para solucionar essas situações se somam rapidamente, configurando um alto gasto não planejado.
Siga FORBES Brasil nas redes sociais:
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.