O Google anunciou que fará alterações em seu negócio global de anúncios para que este não abuse de seu predomínio, curvando-se a uma pressão antitruste pela primeira vez graças a um acordo histórico com as autoridades francesas.
O acordo com a agência reguladora de concorrência da França pode ajudar a reequilibrar o poder em relação aos anúncios em favor dos publishers, que dominavam o negócio na era pré-internet, mas perderam o controle com a ascensão rápida do Google e do Facebook.
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O pacto, que foi anunciado hoje (7) e também impôs uma multa de € 220 milhões ao Google, é a primeira vez em que o gigante tecnológico norte-americano concorda em fazer mudanças em seu negócio de anúncios enorme, que representa o grosso de seus rendimentos.
“A decisão de punir o Google é particularmente significativa porque é a primeira decisão do mundo voltada aos processos complexos de algoritmo de leilão dos quais o negócio de anúncios online depende”, disse a chefe antitruste da França, Isabelle de Silva.
A agência reguladora descobriu que a Google Ad Manager, plataforma de gerenciamento de anúncios do Google para grandes publishers, favorecia o Google AdX, mercado de anúncios online da própria empresa onde os editores vendem espaço a anunciantes em tempo real.
O Ad Manager proporcionava dados estratégicos ao AdX, como os preços de lances vencedores, e o AdX também desfrutava de acesso privilegiado a pedidos feitos por anunciantes através dos serviços de anúncios do Google, disse a agência.
Por sua vez, o AdX compartilhava dados mais facilmente com o Ad Manager do que com outras plataformas de gerenciamento de anúncios, acrescentou a entidade. Tais plataformas são cruciais para editores gerenciarem e venderem espaço de anúncios.
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Conforme os termos do acordo, o Google se comprometeu a melhorar a maneira como os serviços do Ad Manager trabalham com servidores de anúncios e plataformas de venda de espaço de anúncios rivais, disse a agência reguladora francesa. Algumas mudanças serão implementadas até o primeiro trimestre de 2022, informou esta, acrescentando que o Google não apelará da decisão. (Com Reuters)
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