A plataforma de e-commerce Etsy anunciou hoje (28) a compra do marketplace brasileiro de produtos artesanais Elo7 por US$ 217 milhões (R$ 1 bilhão). Com a aquisição, o unicórnio norte-americano – de valor de mercado próximo a US$ 23 bilhões (R$ 113 bilhões) – passa a operar no Brasil, mas ainda sob a marca da empresa brasileira, que permanecerá como uma plataforma independente e administrada pela liderança atual.
Fundado em 2008, o Elo7 conecta empreendedores de itens artesanais a consumidores que buscam produtos exclusivos e criativos. Segundo a empresa, mais da metade dos itens vendidos na plataforma são voltados a comemorações especiais, como casamentos e a chegada do bebê. A base atual do marketplace brasileiro conta com 56 mil vendedores – que oferecem 8 milhões de produtos – e 1,9 milhão de compradores ativos.
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O CEO da Etsy, Josh Silverman, diz que o Elo7 pode ser considerado a “Etsy do Brasil”, pois ambas as companhias possuem um propósito e um modelo de negócios semelhantes. O executivo também afirma que a aquisição é estratégica para os planos de expansão da empresa que comanda. “Esta transação estabelecerá uma base para nós na América Latina, região de comércio eletrônico pouco aproveitada onde a Etsy não tem uma carteira de clientes significativa”, diz.
Para o CEO do Elo7, Carlos Curioni, a aquisição é uma forma do time de 150 pessoas do marketplace brasileiro usufruir da expertise da sua nova empresa-mãe. “A Etsy sempre foi uma inspiração e uma referência para nós, e estamos entusiasmados para continuar nossa jornada de crescimento com eles”, diz. “Queremos aproveitar o conhecimento da Etsy em marketing e produtos para ajudar o marketplace, a comunidade e a nossa equipe a alcançar todo o nosso potencial no Brasil.”
Com essa transação, a Etsy adiciona mais uma companhia para a sua operação. Além do Elo7, o unicórnio norte-americano também possui outras duas marcas em seu portfólio: a Reverb, marketplace dedicado para a compra e venda de instrumentos musicais novos e usados, comprada em 2019 por US$ 275 milhões (R$ 1,3 bilhão, na cotação atual); e a Depop, plataforma de compra e venda e roupas usadas adquirida no início deste mês por US$ 1,6 bilhão (R$ 7,92 bilhões).
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