Uma fábrica que usa máquinas de impressão 3D para produzir implantes dentários customizados. Essa é a ideia da Plenum Bioengenharia, empresa B2B2C (business-to-business-to-customer) que atende 1.700 clientes entre dentistas, hospitais e distribuidoras em todo o país. Lançada com um investimento inicial de R$ 100 milhões, a companhia prepara-se para ampliar o portfólio da odontologia para o mercado de buco maxilo (ossos e articulação do maxilar) e ortopedia em 2022 e aumentar a base de clientes para 8.000 nos próximos quatro anos. “Os modelos são criados em um software e a máquina imprime peças a base de pó de titânio, metal biocompatível que não se manifesta como um agente agressor e não ativa as células de defesa”, diz Alberto Blay, CEO e fundador da Plenum, com sede em Jundiaí (SP).
Com os implantes em 3D, o processo é bem mais rápido do que os tradicionais (já se usou, no passado, enxertos ósseos retirados da calota craniana), da fabricação ao pós-operatório. Imagens de radiografia são analisadas e o objeto com as dimensões exatas é criado. Na hora da cirurgia, é só encaixar na área a ser reconstruída. “Uma cirurgia rápida e previsível, que diminui o pós-operatório, o risco de infecção e a dor”, diz o fundador.
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Diante do sucesso com a impressão dos implantes dentários, a Plenum está trabalhando para usar a tecnologia em outras áreas da saúde. “Há um leque de possibilidades para escalar essa tecnologia para diversas áreas do corpo e com diferentes materiais”, diz Blay. Com o produto já consolidado no Brasil, a empresa está em fase de internacionalização. A expectativa é começar a exportação para outros países da América Latina em abril de 2022 e, depois, expandir para Austrália, Taiwan, Hong Kong e Singapura, além da Europa e dos Estados Unidos.