A Ferrari apresentou hoje (10) uma nova organização e mudanças de liderança para ajudá-la a agilizar seus processos, no primeiro grande movimento do novo executivo-chefe da fabricante de carros esportivos no momento em que a empresa abraça a eletrificação.
Benedetto Vigna, veterano da indústria de tecnologia e ex-executivo de alto escalão da fabricante de chips STMicroelectronics, assumiu o cargo de presidente-executivo em setembro com a tarefa de conduzir a Ferrari a uma nova era de mobilidade mais limpa, silenciosa e interconectada.
A nova estrutura, projetada para aprimorar o foco em tecnologia e exclusividade de produto da Ferrari, fará com que mais segmentos de operações-chave se reportem diretamente ao presidente-executivo, incluindo “Desenvolvimento de Produto e Pesquisa e Desenvolvimento”, “Digital e Dados” e “Tecnologias e Infraestruturas”, informou a empresa.
Como parte da reforma, a empresa nomeou Gianmaria Fulgenzi, que está na Ferrari desde 2002 e recentemente foi chefe da cadeia de suprimentos em sua divisão de corridas, como diretor de Desenvolvimento de Produtos, disse.
Ernesto Lasalandra foi contratado da STMicro para se tornar diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Ferrari. Silvia Gabrielli, que ingressou na Ferrari em 2019 vinda da Microsoft, foi nomeada diretora Digital e de Dados para impulsionar “o processo de transformação digital em toda a empresa, garantindo mais processos orientados por dados e focados digitalmente”.
“A nova estrutura organizacional promoverá ainda mais a inovação, otimizará processos e aumentará a colaboração interna e com parceiros”, disse a Ferrari em um comunicado.
A Ferrari também contratou Angelo Pesci da STMicro, onde passou mais de 20 anos lidando com planejamento financeiro, cadeia de suprimentos e planejamento de produtos, serviços e operações. Ele foi nomeado diretor de Compras e Qualidade da empresa italiana. A montadora confirmou Mattia Binotto como chefe de sua equipe de Fórmula 1, acrescentou.
O analista Andrea Trovarelli, da Bestinver, disse em um relatório que a decisão da Vigna de contratar dois altos executivos da STMicro sugeria que ele estava “recorrendo a aliados de confiança para ajudar na recuperação e colocar a icônica fabricante no caminho da eletrificação”.