O Club de Regatas Vasco da Gama fechou uma parceria com a Block4, empresa especializada em NFTs e tecnologia blockchain voltada a esporte e entretenimento, para, inicialmente, o lançamento de um projeto voltado a ingressos colecionáveis que, com um tempo pode se expandir para outros formatos.
Com a iniciativa, será possível adquirir ingressos virtuais e ter acesso a recompensas exclusivas. Em período de pré-cadastro, o lançamento se propõe a estreitar a relação com a torcida. O NFT (non-fungible token, em inglês, ou token não fungível) garante ao torcedor que seus ingressos são únicos, criados e vendidos em primeira oferta pelo clube.
“O mercado brasileiro está avançando muito rapidamente com iniciativas de tecnologia. Acreditamos que as tecnologias estudadas e desenvolvidas pela Block4 podem ajudar a indústria do esporte e do entretenimento a oferecer experiências ainda mais engajadoras, aproximando ainda mais os torcedores do clube”, afirma Luiz Mello, CEO do Vasco da Gama. Por sua vez, Thiago Canellas, CEO da Block4, reforça o potencial dessa tecnologia para que clubes engajem seus torcedores.
NFTs e futebol
Os ativos digitais baseados na tecnologia blockchain estão chegando com cada vez mais força no mundo esportivo. No ano passado, o Corinthians anunciou, em parceria com a Chiliz, plataforma especializada em blockchain, uma campanha para torcedores baseada em NFTs no site de apostas Sócios.com, que possui 1,3 milhão de inscritos e mantém a presença de outros times como PSG, Barcelona e Juventus.
Também em 2021, o espanhol Barcelona iniciou a venda de NFTs baseados em momentos históricos do clube, entre gols e outros elementos. O projeto foi inspirado no NBA Top Shot, programa da liga de basquete que se tornou referência no uso de NFTs para o esporte. Em maio de 2021, o Atlético Mineiro colocou, via leilão, um NFT de obra digital. A peça foi feita pelo artista Pedro Nuin, que recriou uma defesa de pênalti do goleiro Victor, na partida contra o Tijuana, pelas quartas de final da Copa Libertadores de 2013.
Amir Sommogi, especialista em marketing esportivo e fundador da Sports Value, pondera que esse movimento dos NFTs mostra que o futebol ainda precisa ser melhor explorado do ponto de vista de tecnologia e inovação. “Hoje, no mundo do venture capital, ainda pouco chega ao esporte. Mas vemos um movimento do surgimento das sportechs de engajamento para fãs, transmissões online, gestão de dados e marketplace que estão mudando o ecossistema”, explica.