A produção do iPhone, da Apple, não sofrerá grandes implicações pela suspensão das operações da fornecedora Foxconn na cidade chinesa de Shenzen, que enfrenta novas restrições para conter um surto de Covid-19, disseram analistas do JPMorgan.
A Foxconn, que é a principal fornecedora da Apple, anunciou a interrupação das operações em Shenzhen até novo aviso. Segundo a empresa, fábricas reservas serão utilizadas para redução dos efeitos.
“Acreditamos que o impacto do bloqueio de Shenzhen na produção do iPhone deve ser limitado (aproximadamente 10%, no máximo, da produção global do iPhone), devido à baixa temporada e à pequena exposição da produção à Shenzhen”, escreveu o analista Gokul Hariharan em relatório ontem.
O JPMorgan disse que a região de Shenzhen representa menos de 20% da capacidade total de produção do iPhone pela Foxconn, com a grande maioria das linhas de montagem localizadas em Zhengzhou, um centro industrial e de transporte.
Muitas fábricas na China, incluindo unidades administradas pelas montadoras Toyota e Volkswagen, foram suspensas devido às restrições ligadas à Covid-19.
O banco não projeta um novo movimento de formação de estoques em todo o setor devido a essas suspensões de produção, mas alerta que lockdowns na região de Xangai podem ser mais críticos.
O lockdown em Shenzhen, o Vale do Silício da China, também não terá um grande impacto na produção de semicondutores, disse o banco, embora ressalte que o fornecimento global de painéis LCD pode ser prejudicado.