Um nigeriano lançou um projeto chamado “Looty” para recuperar artefatos africanos roubados por colonizadores europeus criando imagens em 3D deles, vendendo-os como tokens não fungíveis (NFTs) e usando os recursos para financiar jovens artistas africanos.
Os pedidos para que os objetos roubados durante o período colonial sejam devolvidos aos seus locais de origem se intensificaram nos últimos anos, e instituições ocidentais enviaram itens de volta para países como Nigéria e Benin.
Chidi Nwaubani, fundador da Looty, descreveu seu projeto como uma forma alternativa de repatriação, pela qual as tecnologias digitais são usadas para recuperar uma medida de controle e propriedade sobre artefatos ainda mantidos longe da África.
“Imagine um mundo onde esses itens nunca foram saqueados”, disse Nwaubani à Reuters em entrevista. “Estamos apenas tentando reimaginar esse mundo e trazê-lo para a forma digital.”
O processo começa com o que Nwaubani chamou de “roubo de arte digital”, um procedimento perfeitamente legal no qual um membro da equipe Looty vai a um museu e escaneia um objeto alvo usando tecnologia que pode ser usada para criar uma imagem 3-D.