O ter x desfrutar sempre está em jogo quando o assunto é assinatura de produtos e serviços. Esse segmento já viveu vários momentos, da compreensão do público sobre os benefícios, passando pela popularização e, agora, ante às ofertas cada vez mais diversificadas de produtos. De automóveis a smartphones, assinar um produto, além de ser sobre custo-benefício, também tem relação com consumo consciente.
Em entrevista ao Forbes Cast, os sócios da Allugator, startup especializada em assinaturas de iPhone criada em 2016, Pedro Sant’Anna e Cadu Guerra, reforçam os diferenciais da startup e do modelo de assinaturas. “Quando a própria Apple estuda e testa o desenvolvimento de planos de assinatura, temos a convicção de que esse modelo é o futuro e será cada vez mais promissor na medida em que as pessoas mudam seus hábitos e a relação que possuem com os bens”, afirma Cadu Guerra.
“Hoje, nosso diferencial está baseado em tudo que construímos no como desenvolver serviços por assinatura. Como transformar um produto em serviço. Como você acopla outros serviços em um produto para que ele tenha valor agregado e como transformar essa dinâmica em algo funcional e prático aos consumidores. Muito menos sobre o aluguel em si, nós desenvolvemos um negócio de experiência e fidelidade que possui muitos diferenciais”, reforça Guerra.
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Neste contexto, Cadu Guerra e Pedro Sant’Anna enxergam não mais a popularização do modelo, assim como já ocorreu no cinema com Netflix e na música com Spotify, mas acreditam em um novo estilo de vida onde a ideia de desfrutar de um bem de maneira prática e econômica prevalece sobre a possibilidade de ter uma propriedade.
Parcerias com o varejo
No início do ano, a Allugator anunciou uma parceria com o Carrefour permitindo que os clientes da rede também possam assinar seus smartphones. A estimativa da empresa é de que, nos próximos dois anos, mais de 100 mil brasileiros tenham aparelhos assinados com a Allugator, principalmente pela ampliação das parcerias com o varejo. “Para a Allugator, ter um parceiro da proporção do Carrefour apostando no modelo de assinatura no Brasil só mostra que o caminho é promissor”, diz Cadu Guerra.
Para Pedro Sant’Anna, o varejo é um parceiro importante e estratégico já que ele também precisa acoplar curadoria e atender ao maior número possível de pessoas, inclusive aquelas que estão desenvolvendo novos hábitos e buscando outros formatos. “O consumidor pode ter uma experiência de forma personalizada, curada e conectada a uma série de outras possibilidades. Por isso que enxergamos que a assinatura é também sobre conveniência e vem de encontro ao que muitas pessoas buscam atualmente”, ressalta.
“Para o varejo, é uma forma de melhorar o que ele já faz. Ou seja, é a possibilidade de agregar valor e novas possibilidades a um consumidor. Outros parceiros varejistas estão se aproximando de nós porque nossa tecnologia consegue fazer com que tudo que está sendo ofertado no varejo seja mais acessível e, ao mesmo tempo mais rentável. Isso na mão de empresas que tem a audiência que o varejo tem, é sinônimo de sucesso”, reforça Cadu.
Investimentos
Em 2019, três anos após ter sido criada, a Allugator recebeu aportes de nomes de peso da tecnologia, entre eles Renato Freitas, fundador da 99. E, desde 2020, soma um total de R$ 50 milhões captador no modelo de asset backed funding por meio de um produto financeiro criado pela própria startup, o Allugator Invest.
“É difícil uma conversa que trate do futuro do Allugator e não a aproxime do ecossistema de um banco. Porque a Allugator pode ter um cartão, uma conta digital. Cashback, financiamento. Existem várias possibilidades que são aderentes e importantes ao nosso modelo de negócio. Mas antes dessa expansão, nosso caminho é ser a maior plataforma de assinaturas do mundo antes de estruturar um ecossistema dessa magnitude”, afirma Pedro Sant’Anna.
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