Responsável pela criação da Seda College, escola de inglês para não-nativos em Dublin, capital da Irlanda, em 2009, o brasileiro Tiago Mascarenhas aposta agora na criação de uma fintech para contribuir nas remessas de imigrantes e estudantes na Europa. De acordo com ele, o Move Bank permitirá a abertura de conta bancária fora do país. A instituição também possibilitará que o expatriado faça qualquer tipo de movimentação, como receber salário, pagar contas em débito automático, poupar e até fazer remessas de dinheiro para o exterior.
“A ideia do Move Bank surgiu a partir da necessidade que os estudantes internacionais têm de se bancarizar. Por que hoje, o que acontece, o aluno consegue sair do país, mas ele, muitas vezes, não consegue ter um acesso a uma conta internacional.”, comenta Mascarenhas. “O Move Bank parte dos princípios básicos de sobrevivência, de você poder ter acesso a uma conta bancária digital, principalmente hoje que todos os pagamentos são de maneira online.”, finaliza ele.
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Com um investimento de R$ 265 mil (€ 50 mil), a empresa busca a expansão em vários países, como Espanha, Portugal, Turquia e Índia. Além de novos produtos da Move Bank, como conta empresarial, crédito estudantil e crédito para compras em até três meses sem juros. A expectativa com esse planejamento é faturar mensalmente R$ 5,3 milhões (€ 1 milhão) já nos seis primeiros meses de operação.
De acordo com Tiago, “a curto e médio prazo, o objetivo é bancarizar os imigrantes internacionais de diversos países. Então, o estudante internacional imigrante já vai sair do Brasil com uma conta principalmente para a Europa. Nós somos a primeira empresa a ter este tipo de serviço com uma licença da Europa, queremos nos tornar uma solução para imigrantes, tanto para pessoa física como para pessoa jurídica.”.
O negócio conta com os co-fundadores brasileiros Lucca Torquato e Bruno Vechio, que já fizeram intercâmbio na Irlanda. Os dois possuem grande conhecimento do mercado brasileiro e irlandês e firmam parcerias em vários países. Outro ponto importante de ressaltar é que todo o processo do banco, por mais que ele tenha também uma empresa aberta no Brasil, fez toda a aplicação das licenças dentro do Central Bank da União Europeia, através do Central Banco da Lituânia.
O CEO relata que um dos principais desafios do empreendedor brasileiro no exterior, é que este empreendedor sempre será um imigrante. “Então precisa se adaptar às normas, às diretrizes e às possibilidades, mas por um outro lado, elimina a zona de conforto, além de estabelecer confiança e suporte. O meu objetivo é deixar bem claro, para outras pessoas, que é possível, para outros brasileiros que desejam sair do Brasil, que há possibilidades de empreender e não só em áreas como: cozinheiro, chefe de cozinha, mas poder empreender em áreas de fintech, na área de negócios, na área de educação também.”, finaliza Mascarenhas.
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